Labareda entre as cabeças de Corisco e Lampião. Fonte: Revista Cruzeiro |
Segundo
o pesquisador e entusiasta do cangaço, Kiko Monteiro, Ângelo Roque, Vulgo
Labareda e seu subgrupo de cangaceiros foi o bando mais atuante na região de
Fátima, Adustina, Paripiranga e demais cidades vizinhas.
Ângelo
Roque da Costa nasceu por volta de 1910 em Pernambuco. Assim como a quase
totalidade das histórias de cangaceiros, a história de Ângelo Roque foi marcada
pela pobreza e pela violência. Segundo entrevistas concedidas por ele mesmo
após cumprir pena em Salvador, sua vida delinquente inicia ainda na adolescência
quando assassina um soldado que prometera “roubar” sua irmã.
À partir
de então, o valente pernambucano passa a integrar o bando de Lampião e
perambular pela caatinga em sua vida errante. Ainda segundo ele, após dois anos
de andanças ao lado do rei do cangaço, seu destaque como homem hábil e valente
na luta lhe rendeu o posto de chefe de subgrupo.
Em
palestra brilhante na Câmara de Vereadores de Fátima, Kiko Monteiro lembrou que,
dada a grande extensão da área de atuação dos cangaceiros, era comum o
bando originário do Capitão Virgulino dar origem a subgrupos. As áreas de
atuação eram demarcadas entre os chefes que vez por outra juntavam-se para
discutir estratégias ou mesmo para festejar. Entretanto, era consenso a divisão
hierárquica, onde todos os subgrupos respondiam ao comando de Lampião. Os casos
de subgrupos famosos, além do de Labareda, foram os de Corisco, Zé Baiano e Zé
Sereno.
A
atuação do bando de Labareda por esta região resultou na adesão de Benício
Alves dos Santos (Saracura) para o bando. Benício nasceu em Paripiranga e assim como
os demais companheiros de armas entrou para o cangaço em um contexto de extrema
violência.
O
bando de Labareda fez história nesta região. Kiko Monteiro me relatou alguns
casos de ação do grupo na área. Para citar como exemplo, em um combate na
fronteira entre Adustina e Coronel João Sá, entre o bando e a volante de Odilon
Flor, foram mortos a companheira de Labareda, Mariquinha e mais dois cabras.
Ainda
segundo as pesquisas de Kiko, dentre os chefes de subgrupo, Ângelo Roque era o
mais benevolente (embora tenha cometido atrocidades), por muitas ocasiões o
cangaceiro preferiu seguir em frente sem tirar vidas, fato que não acontecia
com frequência nas visitas de Lampião ou mesmo de Corisco, notórios pela sua
crueldade.
Cabeças dos cangaceiros mortos no Angico |
Após
a morte de Lampião no Angico, ficou claro que os dias de banditismo daqueles homens
e mulheres chegava ao fim. Em 1940, dois anos depois, Labareda e seu bando se
entregam à polícia em Paripiranga de onde foram transferidos para Salvador a
fim de cumprirem pena pelos seus crimes.
Grupo de Labareda se entrega em Paripiranga (1940) |
Prisioneiro
disciplinado, Ângelo Roque passou dez anos na prisão. Após sua saída, contratado
como assistente do professor Estácio de Lima, o antes temido chefe de subgrupo
termina seus dias como um pacato funcionário público na capital baiana.
Julgamento em Salvador |
Muito obrigado meu caro amigo Moisés por mais esta preciosidade,cresci na cidade de Fátima ouvindo historias do temido lampião,destas,algumas falam da possivel passagem do seu bando em nossa região. Claro que em nossas cabeças tudo isso não passava de um conto.
ResponderExcluirO resto era só fantasia.
Claudio Nascimento
Angelo Roque (Labareda) o último chefe de grupo do cangaço.
ResponderExcluirOBS:
Corisco era apenas fugitivo com sua esposa Dadá.
Enquanto Labareda liderava um grupo.
maginifica a histria de vida
ResponderExcluirEm que ano morreu Angelo Roque o labareda?
ResponderExcluir1975
ResponderExcluirEm que ano Labareda morreu?
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