Em 1549, chega ao Brasil o militar português Tomé de Sousa. O primeiro governador geral
fundou Salvador, a primeira capital, trouxe os Jesuítas e organizou o poder
público (fazenda, Justiça e defesa). Junto com ele, também veio o seu filho
ilegítimo Garcia de Sousa D’Ávila. Garcia D’Ávila, é nomeado
Almoxarife geral da colônia, ambicioso e inteligente, logo constrói um
verdadeiro império naqueles primeiro século da colonização que vai muito além
da sua morte em 1608 pois, na Casa da Torre, única construção em estilo
medieval das américas construída por ele, vai se originar uma dinastia cujo
poder ecoa até os dias de hoje. A dinastia dos D’Ávila, cujo poder se manteve
inconteste até o século XIX com a proclamação da república, empreendeu
verdadeira cruzada com a criação de gado e a conquista do sertão baiano e sergipano.
Seus funcionários adentraram as terras secas da caatinga nordestina abrindo
caminho para o gado. Esses pequenos caminhos, ao longo dos quais foram sendo
erguidos locais de pouso para os boiadeiros, eram chamados de estrada real,
pois, para evitar o contrabando, o governo não permitia a circulação de
mercadorias na colônia que não fossem por essas vias, onde era recolhido o
imposto. Um desses ramais passava pela antiga vila de Fátima.
Esta pequena vila, já no início do século XX vai se formar no entorno da
estrada real que passava na atual Rua Raimundo Oleiro e com o passar dos anos
vai se transformar na atual e querida cidade de Fátima, estabelecendo assim a
conexão Tomé de Sousa/Fátima.
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