O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

De Tomé de Sousa a Fátima


Em 1549, chega ao Brasil o militar português Tomé de Sousa. O primeiro governador geral fundou Salvador, a primeira capital, trouxe os Jesuítas e organizou o poder público (fazenda, Justiça e defesa). Junto com ele, também veio o seu filho ilegítimo Garcia de Sousa D’Ávila. Garcia D’Ávila, é nomeado Almoxarife geral da colônia, ambicioso e inteligente, logo constrói um verdadeiro império naqueles primeiro século da colonização que vai muito além da sua morte em 1608 pois, na Casa da Torre, única construção em estilo medieval das américas construída por ele, vai se originar uma dinastia cujo poder ecoa até os dias de hoje. A dinastia dos D’Ávila, cujo poder se manteve inconteste até o século XIX com a proclamação da república, empreendeu verdadeira cruzada com a criação de gado e a conquista do sertão baiano e sergipano. Seus funcionários adentraram as terras secas da caatinga nordestina abrindo caminho para o gado. Esses pequenos caminhos, ao longo dos quais foram sendo erguidos locais de pouso para os boiadeiros, eram chamados de estrada real, pois, para evitar o contrabando, o governo não permitia a circulação de mercadorias na colônia que não fossem por essas vias, onde era recolhido o imposto. Um desses ramais passava pela antiga vila de Fátima. Esta pequena vila, já no início do século XX vai se formar no entorno da estrada real que passava na atual Rua Raimundo Oleiro e com o passar dos anos vai se transformar na atual e querida cidade de Fátima, estabelecendo assim a conexão Tomé de Sousa/Fátima.

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