O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Povoado Tabua nos registros históricos.


 

            Recentemente fui procurado pelo administrador da página Povoado Tabua a fim de buscar nos registros históricos as origens do conglomerado de moradias que resultou no atual povoado do município de Fátima.

            Confesso que fiquei contente em saber de mais um entusiasta da história do nosso município. Em minhas pesquisas nos registros da igreja de N. S do Bom Conselho, me deparei com uma pequena anotação, feita pelo Padre Renato Galvão, o primeiro que tenho notícia a citar o povoado Tabua.

            Em 11 de janeiro de 1950, o vigário registra a próprio punho:

 

- Missa na Tabua, restauração da capela, a nova capela está erguida.

 

            Sei que é um diminuto texto, mas era assim mesmo que os padres faziam suas anotações, com raras exceções. O importante é que, a partir da minha experiência de pesquisador e do que já consegui levantar, podemos concluir, partindo dos dados que temos, que a reforma citada em 1950, recuperou obviamente uma capela que já existia, ou seja, a capela da Tabua já estava lá antes de 1950 e isso abre espaço para que, no futuro, novos dados venham para a luz do nosso conhecimento e no ajude a montar mais essa história da nossa cidade.

            Aquele janeiro de 1950, parece ter sido um período de intensa atividade do Padre Renato nessa região, pois há, na mesma data, registros de visitas, missas e reformas no Gruê, Queimada Grande e Serradinha, além do registro construção da capela do Bonfim em 19 de fevereiro do mesmo ano.

            Espero que essa informação sirva de gatilho para que aqueles que buscam dados históricos do povoado Tabua continuem na busca com entusiasmo, da minha parte me ponho a disposição para ajudar.

 

Moisés Santos Reis Amaral, Professor há 20 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do Cangaço.

 

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75 – 99931 3322

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moisessantosra@gmail.com

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

A família CORREIA de Fátima.


 

Muitas são as surpresas encontradas no âmbito de uma pesquisa histórica, é comum, nesses casos, atirar no que vê e acertar no que não vê. Já faz algum tempo que, pesquisando nas cartas trocadas entre o Barão de Jeremoabo e seus correligionários, encontrei uma carta de SEVERO CORREIA DE SOUZA, dono da fazenda Maria Preta, território que hoje é parte da zona urbana de Fátima. A missiva é de 1898 e nela os dois tratam de política, questões de terras e de uma obra de melhoramento no tanque do São Domingos.

Mais recentemente, me deparei com o segundo integrante da família Correia nos meandros da história. Dessa vez foi Pedro CORREIA DE SOUSA FILHO, nascido na Lagoa da Volta em 1873, contava com 76 anos de idade quando foi entrevistado pela comissão de assuntos territoriais em 1949, Pedro Correia de Sousa Filho é pai do conhecido Correinha da Zabumba, hoje com 95 anos, nascido em 1927. Ao que tudo indica, o pai de Correinha era sobrinho e afilhado de Cícero Dantas Martins, o Barão de Jeremoabo.

Tendo essas informações em mãos, resolvi aprofundar a pesquisa e acabei descobrindo, através de pesquisa genealógica, o registro de Nascimento de Pedro Correia de Souza (nesse caso, o avô de Correinha). De acordo com a documentação, Pedro Correia de Souza Nasceu em 1808 (não se sabe onde, talvez nem no Brasil tenha nascido) e faleceu em 20 de março de 1899, era casado com Levina Francisca Dantas, que era residente do formigueiro.

Levina Francisca Dantas era irmã do Barão. Essa informação foi dada pelo seu filho, Pedro Correia de Souza, em 1949, quando foi entrevistado pela comissão que investigava uma questão fronteiriça entre os municípios de Cícero Dantas e Paripiranga.

 

Moisés Santos Reis Amaral, Professor há 20 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do Cangaço.

 

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