O caminhar do cadeirudo |
Em 1997, estava no ar a novela A indomada, de Aguinaldo Silva,
veiculada na TV Globo. Na trama, um personagem curioso e ao mesmo tempo assustador
aparecia nas noites de lua cheia para atacar as mulheres. Com um andar bastante
peculiar e trajado com roupas folgadas e chapéu, o Cadeirudo provocava medo nos
telespectadores sempre que aparecia na tela. No final da novela, seria revelado
que o tenebroso Cadeirudo era a personagem Lurdes Maria (Sônia Paula), uma das
beatas mais fervorosas da cidade.
Mistério revelado na novela |
Evidentemente as pessoas se assustavam com o
personagem da TV, mas nada seria tão assustador para as mulheres de Fátima, ou
de qualquer outra cidade, do que se deparar com o próprio cadeirudo em carne e
osso.
Foi justamente o que aconteceu em Fátima. Quem
viveu aquele final dos anos 1990 por aqui se lembra do furdunço. Em uma noite,
não necessariamente de lua cheia, apareceu pela primeira vez na cidade aquele
personagem assustador. Surgia sempre de um beco escura e caminhava em direção
às mulheres que passavam, fazendo-as correr desesperadamente.
Naturalmente os comentários se multiplicaram,
alguns diziam não se passar de uma brincadeira, outros afirmavam ser uma
entidade sobrenatural. Muitas mães proibiram seus filhos e, principalmente,
suas filhas de saírem à noite com medo daquela figura horripilante com chapéu
na cabeça que surgia das sombras.
Mas o cadeirudo fatimense, felizmente, e
diferente daquele da novela, era inofensivo. Não passava de uma peraltice de um
garoto que gostava de pregar peças. Tudo não passava de uma brincadeira muito
bem elaborada do adolescente Diogo Maurício Belens, ou Dioguinho, como ainda é
conhecido.
Em uma conversa animada, ele me revelou que
decidiu imitar o cadeirudo da novela combinado com alguns amigos mais próximos.
Para ficar parecido, arrumou uma calça, uma camisa social e um chapéu. Nas noites
em que decidia aprontar, ficava com um grupo conversando na “calçada alta” com
a roupa de cadeirudo pronta, quando avistava as “vitimas” vestia o traje e ficava
em um canto escuro esperando a hora certa de agir, quando as meninas passavam
ele saía do esconderijo com a cabeça baixa para não ser reconhecido e andava na
direção delas imitando o pitoresco caminhar do personagem. Aquilo causava
grande pavor na mulherada que saiam correndo e gritando desesperadamente.
Diogo ainda fez a
brincadeira por algumas vezes, mas o caso já ficava famoso demais na cidade e
ele resolveu parar. Felizmente ninguém se machucou e nem foi preciso envolver a
polícia para sanar o mistério. Muita gente lembra desse caso, contudo, uma quantidade
considerável de fatimenses, sobretudo os mais jovens, não conheciam a história, até agora.
Gente, nunca soube que em Fátima existiu um cadeirudo! Kkkkk muito boa história
ResponderExcluirHahahahaha...
ResponderExcluirVou contar o que acontecia nos bastidores (vulgo becos de Fátima).
Enquanto Dioguinho ia em direção as meninas, eu, irlan, Eric, Fabinho e outros amigos, ficávamos rindo até passar mal, a gente ria tanto que chegava a doer a barriga. Kkkkkk
Ainda teve a época do PÂNICO!!!! Lembram dessa?
Dioguinho também tinha uma roupa do pânico kkkkkk
ResponderExcluirKkkkkkkk esses caras aprontaram demais
ResponderExcluirResenha da porra kkkkkk
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