O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Visita ao castelo Garcia D’ávila

Ao fundo, a capela do castelo.


Essas são as ruínas de uma edificação que data dos séculos XVI e XVII. Sua construção foi iniciada por Garcia de Sousa D’Ávila ainda nos anos 1500. Sua arquitetura tem o estilo medieval, é a única construção das Américas com tais características e só foi concluída setenta anos após o início.

Início da visita, Filme conta a história do castelo. Ao fundo, Tiago e Família.

Como já abordado em textos anteriores aqui no Blog, Garcia D’Ávila era filho do primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Sousa, que veio à colônia para acabar com as capitanias hereditárias e modificar a maneira como Portugal administrava o Brasil quinhentista.

Mesmo após sua morte, em 1609, sua família deu seguimento ao legado de poder e riqueza. A família Ávila ostentou a posse do maior latifúndio de que se tem notícia em toda a história, cerca de 800 mil quilômetros quadrados de terras.

Achados arqueológicos encontrados no entorno da edificação. Destaque para os crânios humanos à minha esquerda.

Dentre essas terras, estava o atual munício de Fátima, onde os vaqueiros da família chegaram em meados do século XVIII para dar seguimento ao processo de expansão da pecuária, proibida de ser praticada no litoral.
Esses vaqueiros estão na gênese da nossa cidade e de nosso povo. Chegaram margeando o rio Vaza Barris para expulsar os indígenas e criar gado no “sertão.
Essa edificação, hoje um museu administrado pela Fundação Garcia D’Ávila fica na Praia do Forte, litoral norte da Bahia, guarda esse pedaço importante da história do Brasil e também do nosso povo.  

Maquete da casa, como ele foi no passado.


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