O
nascimento de Fátima como município é datado de 1987, um ano após a emancipação
política. Naquele ano, o primeiro prefeito, João Maria de Oliveira, assume a
tarefa de organizar a administração pública do recém criado município.
É preciso lembrar que absolutamente
tudo precisou ser criado naquele princípio: órgãos administrativos,
secretarias, nomeação de funcionários, mapeamento das necessidades mais
básicas, etc.
De acordo com a reportagem publicada
pelo Jornal Tribuna da Chapada, dificuldades consideráveis foram encontradas
pela administração. Em entrevista, o prefeito chega a afirmar: “Eu vou dizer
pra você, é duro administrar um município recém-emancipado. Você tem que
implantar tudo, prefeitura, câmara de vereadores, órgãos de apoio à
administração”.
Outra queixa do chefe do executivo
registrada pela equipe do jornal naquele ano foi a demora da chegada das verbas
federais aos cofres da nova prefeitura. Nas palavras do prefeito: “Ainda por
cima, levei cinco meses administrando com o ICM, pois as verbas federais não
chegavam”.
A demora do repasse do dinheiro
federal provavelmente se deu em virtude dos trâmites da burocracia estatal. Durante
os cinco meses em que o município teve que se virar com recursos próprios, a
administração precisou do apoio de prefeitos vizinhos como o de Poço Verde que
aceitou receber as demandas da saúde de Fátima durante aquele período de
transição. Sobre a remuneração dos funcionários da saúde o prefeito relata na
entrevista ter dito aos seus subordinados: “Aguenta a barra que o dinheiro
ainda não chegou”.
Não há motivos para acharmos que a
situação tenha sido diferente nos demais setores do município, sendo provável
que todas as áreas padeceram da mesma escassez de recurso. O que é possível
depreender a partir dos dados revelados pela reportagem é que a chegada dos
recursos impulsionou as melhorias mais necessárias da nova cidade, sobretudo na
infraestrutura, pois é possível perceber que, naquele ano, algumas obras de
pavimentação de ruas e avenidas foram sendo concretizadas. As fotos da edição
do jornal nos leva a tal conclusão. (Tais fotos já foram publicadas aqui no
blog).
A saúde, contudo, pareceu ser,
naquele momento, uma das principais dificuldades. A cidade contava com apenas
um médico que atendia os pacientes três vezes por semana. Em casos cuja
necessidade de atendimento fosse um pouco mais grave, os pacientes eram
encaminhados, como já dito, para Poço Verde e até mesmo Aracaju. Tal situação,
convenhamos, se mantem até os dias de hoje (2020).
Na educação, tudo indica que as
pequenas escolas municipais construídas ainda no período anterior à emancipação
foram minimamente melhoradas e “algumas” (não há a especificação de quantas)
foram construídas. A única referência feita na fala do prefeito a uma escola
específica foi a “recuperação do prédio da Queimada Grande”.
A equipe administrativa foi assim
organizada:
·
Eduardo pires de Andrade – Chefe de Gabinete;
·
Claudiney Batista de Santana – Secretária da
Prefeitura;
·
Marilene Silveira – Diretora Municipal de
Educação;
·
Edilene Brito de Almeida – Diretora de Saúde;
·
José Barbosa Reis – Diretor do Colégio
Estadual;
·
Josefa Borges Reis – Delegada Escolar;
A
primeira legislatura ficou assim composta:
·
José Carlos Silva (Carlinhos de Alfredo);
·
Miguel Correia Andrade (Miguel do Capim
Duro);
·
José Pereira Filho (Zelitão);
·
Reginaldo Oliveira Santana (Regi do Capim
Duro);
·
José Bispo de Sousa (Bispo);
·
Givaldo Gonçalves de Sousa (Givaldo de
Zequinha);
·
Antônio dos Santos Menezes (Antônio Menezes);
·
João Benigno do Rósário;
·
João José do Rosário.
·
O prefeito foi João Maria de Oliveira e seu
vice foi Augusto Borges da Silveira.
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