Com 450 km de extensão, o Rio Vaza Barris é um importante recurso hídrico para a população do nordeste baiano e parte de Sergipe. De acordo com o historiador Francisco José Alves, o nome do rio é uma variação da frase portuguesa "Dar em vaza-barris" que significa se dar mal, arrepender-se. A temida foz do rio, no litoral sergipano, foi responsáveis por diversos naufrágios, o que levou à associação com a frase lusitana. Assim, o rio que era conhecido como Irapiranga pelos indígenas locais foi rebatizado.
Sua nascente encontra-se no alto sertão
baiano, no sopé da serra dos macacos, município de Uauá. De lá, ele percorre partes
da Bahia, alimentando, entre outros, o açude de Cocorobó em Canudos, passando
por Jeremoabo e diversos outros municípios baianos e finalmente chega a Sergipe.
O ponto fotografado por mim é na altura do município de Paripiranga e nos dá a
ideia de como o rio necessita de cuidados.
No município de Fátima, encontram-se alguns afluentes do Vaza Barris pois nossa cidade faz parte da bacia hidrográfica desse rio. Para citar como exemplo, o Rio Velho que abastece o nosso açude da Queimada Grande assim como o Quigomes, na fronteira com Cícero Dantas e diversos outros cursos de água menores levam suas águas para o abastecimento do Vaza Barris.
No município de Fátima, encontram-se alguns afluentes do Vaza Barris pois nossa cidade faz parte da bacia hidrográfica desse rio. Para citar como exemplo, o Rio Velho que abastece o nosso açude da Queimada Grande assim como o Quigomes, na fronteira com Cícero Dantas e diversos outros cursos de água menores levam suas águas para o abastecimento do Vaza Barris.
É perceptível que o desmatamentos das matas
ciliares vem causando o assoreamento do rio que corre frágil por essa região,
só ganhando corpo e volume ao aproximar-se do litoral.
Para os fatimenses que costumam ir à Aracaju,
é fácil perceber a diferença no volume de água do rio ao passar por ele no
município sergipano de Itaporanga D’ajuda, cruzando a ponte que permite a
passagem pelo rio. Este segue até o povoado mosqueiro, próximo a Aracaju, onde
finalmente encontra o mar. A sua foz, aliás, foi palco de uma tragédia
envolvendo a jovem fatimense Ayla Santos que morreu afogada nas águas do rio.
Historicamente, a importância do Vaza Barris
para a nossa região remete ao século XVIII, quando vaqueiros, a serviço da casa
da torre, adentraram esse território utilizando o rio como caminho. Tal fato é
o marco inicial da colonização dessa região que a época era denominada de sertão.
Esses homens, viajavam margeando o rio em
busca de terras para expandir a criação de gado da família D’ávila, esta,
aliás, a dona de todas essas terras que hoje habitamos do século XVI ao XIX foi
a responsável pela introdução do gado nelore no Brasil.
Além de Paripiranga, o nosso outro vizinho,
Adustina, a nordeste de Fátima, também é banhada pelas águas do Vaza Barris. Naquele
território o rio também necessita de cuidados. Fica a dica para os representantes
do poder público acerca do cuidado com um recurso tão icônico e importante para
toda essa região. A impressão que o visitante tem ao deparar-se com rio é de extrema
fragilidade. Embora o Vaza Barris corra valente pelo solo seco da nossa região,
a falta de cuidado e de educação ambiental daqueles que o exploram o enfraquece
e põe em risco a sua sobrevivência.
Boa tarde!
ResponderExcluirÓtima abordagem apresentada pelo colega. Gostaria que revesse a etimologia do nome desde nosso rio, principalmente quando você cita a segunda Guerra Mundial.
Outro dado importante: o rio Velho, este aí do acude da Queimada Grande é afluente do Vaza Barris bem como o rio Quingomes, que serve de fronteira entre nosso município e os Municípios de Cicero Dantas a Antas, ao norte.
Abraço e vamos que vamos!
Boa tarde. Quanto ao nome, existem, de fato, mais de uma versão. mas considerarei todas as ponderações. Obrigado por contribuir. A propósito, com que falo?
Excluir* Existe
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