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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Revista em quadrinho HISTÓRIAS DO CANGAÇO.

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A revista em quadrinhos que conta as histórias do cangaço na região de Fátima, Cícero Dantas, Paripiranga, Coronel João Sá, Adustina, Poço Verde e outros municípios vizinhos já está pronta. Em breve estará disponível para a venda. 

Como se constrói um cangaceiro?

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Corisco e o cangaceiro Vinte e Cinco, natural de Paripiranga. Na grande obra de José Lins do Rego, “Fogo Morto”, narra-se a dureza da vida em uma terra dominada por coronéis e uma organização social quase que estamental na qual tornava-se praticamente impossível qualquer tipo de mobilidade social. Narra de forma magnifica os desmandos dos poderosos cuja terra é seu domínio e as vidas que nela vivem têm quase que a mesma relação de posse. O mestre José Amaro é o símbolo disso. Vive em uma casa dentro do engenho Santa fé, do coronel Lula de Holanda. Tem por obrigação seguir os ditames do latifundiário a pretexto de ser expulso e não ter para onde ir. Apesar das habilidades de mestre no trato com o couro não tem posses, seus bens são sua tralha de trabalho, uma esposa e uma filha. O mestre da vida real, Estácio de Lima, escreveu “O Mundo Estranho dos Cangaceiros” onde se debruça sobre as condições que levaram tantos homens e mulheres a enveredarem pelos caminhos do cangaceirism...

Objetos do século XIX são guardados por fatimense

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Os objetos em questão pertencem a Dona Maria José Oliveira, moradora da fazenda Laje da Boa Vista, que nos recebeu para uma conversa em sua casa. Na oportunidade muitas histórias foram contadas e foram devidamente aproveitadas em artigos anteriormente publicados aqui no Blog HF. Os objetos são um oratório, que pertenceu a sua avó, dentro do qual se encontra uma imagem sacra, aparentemente confeccionada em estilo barroco. De acordo com minhas pesquisas, a santa tem, pelo menos, duzentos anos. Os demais objetos (duas moedas) têm relação direta com o oratório na medida que tais moedas foram depositadas na edícula como oferenda. Para traçar um perfil das moedas recorri ao pesquisador da numismática Paulo Roberto Rego. Este afirmou que a mais antiga, cunhada em 1869, e a mais recente, de 1893, não são muito valorizadas no mercado de moedas por terem sido confeccionadas em grande quantidade. Elas trazem gravados o brasão do império e a foto de D. Pedro II. As moedas podem até n...

Os clubes recreativos. Redutos da aristocracia.

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Festa de Outubro de 1973 no Clube de Zé de Bilu. Ainda na primeira metade do século XX, vigorava em toda a região nordeste o costume de manter clubes recreativos destinados aos bailes do setor mais rico da sociedade. A prática parece ter sido herdada ainda dos tempos imperiais, onde a alta sociedade dos grandes centros urbanos reunia-se em festas pomposas nas residências dos mais ricos.             Os bailes do século XX também aconteciam em residências, contudo, decidiu-se construir espaços específicos, contando com estrutura necessárias para a realização dos bailes. Assim, eram erguidos galpões com palcos a fim de receber as atrações musicais. Isso ocorria tanto nos grandes centros urbanos como nas pequenas localidades interioranas.             De acordo com Souza (2008), na então cidade de Cícero Dantas, que passou a assim chamar-se em 1915, o costume de reunir a al...

João Maria não foi o único a lutar pela emancipação de Fátima

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A história não é imparcial. Não é difícil encontrar situações nas quais pessoas são deliberadamente apagadas da história. Esse parece ser o caso de Antônio Menezes e as valiosas contribuições que o fatimense ofereceu durante sua vida ao povo dessa terra. Por sentir que a vila era mal cuidada pela cidade de Cícero Dantas, foi um dos primeiros moradores da então Vila de Fátima a pleitear a emancipação. Pediu apoio ao Padre Elias e não obteve sucesso, buscou apoio entre a população local e encontrou resistência por parte de alguns. De espírito público, buscava melhorias para a vila da forma que podia, assim, chegou a trazer médico para atender a população em sua propriedade, o Dr. Milton Dortas de Simão Dias atendeu fatimenses à convite de Antônio Menezes. Fez escola em sua casa na década de 1950, com a professora Jacinta de Cícero Dantas, conseguiu fazer com que o delegado de Cícero Dantas desse mais atenção à vila, diminuindo significativamente a violência. Tamanha era a s...

Quem era o Cadeirudo de Fátima?

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O caminhar do cadeirudo Em 1997, estava no ar a novela A indomada , de Aguinaldo Silva, veiculada na TV Globo. Na trama, um personagem curioso e ao mesmo tempo assustador aparecia nas noites de lua cheia para atacar as mulheres. Com um andar bastante peculiar e trajado com roupas folgadas e chapéu, o Cadeirudo provocava medo nos telespectadores sempre que aparecia na tela. No final da novela, seria revelado que o tenebroso Cadeirudo era a personagem Lurdes Maria (Sônia Paula), uma das beatas mais fervorosas da cidade. Mistério revelado na novela Evidentemente as pessoas se assustavam com o personagem da TV, mas nada seria tão assustador para as mulheres de Fátima, ou de qualquer outra cidade, do que se deparar com o próprio cadeirudo em carne e osso. Foi justamente o que aconteceu em Fátima. Quem viveu aquele final dos anos 1990 por aqui se lembra do furdunço. Em uma noite, não necessariamente de lua cheia, apareceu pela primeira vez na cidade aquele personagem assust...

O padre Elias manda derrubar a igreja da Vila de Fátima

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Moças posam para foto em frente à capela construída por Chico André 1967, a igreja da então vila de Fátima era uma pequena capela, erguida anos antes, por volta dos anos 1950 por Francisco André dos Reis, Chico André, Irmão de Tóta André. O padre Elias, Hoje, Monsenhor Elias, deu uma atribuição ao fatimense Antônio dos Santos Menezes, conhecido como Antônio Menezes. As “ordens” do vigário eram para que o agricultor organizasse a comunidade da vila para erguer uma igreja maior para a crescente população. Em entrevista concedida ao pesquisador Juan K. Menezes no dia 17 de fevereiro de 2018, Antônio Menezes relata que o padre, que substitui o Padre Renato Galvão, sentia-se demasiadamente incomodado com a quantidade de fiéis que precisavam ficar do lado de fora da igreja em decorrência do seu diminuto tamanho. Diante do importuno, o Padre deu a ordem para que os fiéis demolissem a pequena capela para a construção de uma maior. O padre Renato Galvão, que à época atuava em Cícero ...

Revista em quadrinhos HISTÓRIAS DO CANGAÇO avança.

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A revista em quadrinhos que visa contar as histórias do cangaço em Fátima e região está sendo finalizada e em breve estará disponível aos leitores. Com ilustrações de Mateus Queiroz. 

A “Pesadela” já te pegou no sono?

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Foto Ilustrativa. Todo fatimense já ouviu falar no mito da “pesadela”, segundo o qual, os desafortunados que cultivam o hábito de dormir de barriga para cima estão expostos ao risco de serem atacados por um estranho ser mítico que o paralisa e o tortura durante o sono, fazendo-o ter terríveis pesadelos. De acordo com Cornélio (1927), na obra Conversas ao pé do Fogo , onde aborda grande parte das temáticas relativas ao folclore brasileiro, esse mito, que em outras regiões do Brasil é conhecido com a “Pisadeira”, é oriundo da terrinha (Portugal), a obra afirma ainda, erroneamente, que essa lenda é encontrado apenas em São Paulo e Minas Gerais, contudo, a sabedoria popular do sertanejo se encarregou de arredondar a nomenclatura para “Pesadela”, o que pode ter causado a confusão na hora de mapear a sua incidência. A pesadela seria, portanto, uma mulher de aparência horrível, com unhas enormes que costuma sentar no peito de quem dorme de barriga pra cima, causando uma sensação...

Fotos dos anos 1960 mostra reforma da Igreja Matriz

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A foto faz parte do acervo da biblioteca municipal. De acordo com informações, a reforma em questão foi encabeçada por Antônio Menezes, Francino e Alexandre Norberto, homens de posses que frequentemente lideravam movimentos de ampliação e melhorias na Igreja. Na imagem podemos observar a frente da Igreja à partir da Travessa São Francisco Diassis, ainda sem pavimentação, próximo à casa de Otávio Gato (já falecido). É igualmente perceptível, a dispeito da baixa qualidade da fotografia, que o cruzeiro já existia e que a fachada do templo religioso mudou pouco desde então, o que não pode ser notado no restante da construção que passou por diversas ampliações após o período retratado. Obs: Esse texto teve a importante colaboração do pesquisador Juan Kléber Menezes.

Traçado da estrada real que passava em Fátima

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Foto: Google Earth Á partir de informações colhidas ao longo dessa pesquisa, foi possível concluir o traçado mais provável do principal ramal da estrada real que passava por Fátima. Como já abordado em artigos anteriores aqui no blog HF, a denominação ESTRADA REAL designava, ainda nos tempos do império, os caminhos pelos quais era permitido o transito de mercadorias, foi uma medida de combate ao contrabando adotada pelo império, tal denominação povoou o vocabulário popular até meados do século XX. No caso de Fátima, esse era o principal caminho utilizado pelos tropeiros que faziam o abastecimento das vilas até o surgimento do automóvel nesse região na segunda metade do século XX. O traçado que aparece na imagem de satélite está demarcado à partir da fazenda Lage da Boa Vista, ligando essa região ao tanque do São Paulo Velho, Passando pelo loteamento Vila Madalena, pela Rua Raimundo Oleiro indo em direção às aguadas conhecidas como Nação e Sítio. Vale lembrar que todos esses...

O “Bar São Paulo”

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Ponto de encontro da juventude fatimense entre os anos 1980 e 1990, o Bar São Paulo foi ícone de ambas as gerações, embora tenha atingido o seu auge em meados dos anos 90. Criado por um torcedor ferrenho do São Paulo (Milton), o espaço consistia em um pequeno bar na parte da frente e um salão ao fundo onde os frequentadores iam para dançar. Era todo ele decorado com as cores do time de futebol que lhe empresta o nome e com figuras diversas com uma tinta que reagia à luz negra do ambiente. O Bar São Paulo passou posteriormente para Adelmo, corintiano ferrenho que, a despeito da rivalidade futebolística, manteve o nome tradicional. Rígido com os horários, Adelmo fazia rondas no salão convidando os menores à saírem do espaço assim que chegava as dezoito horas. Sempre com a mesma abordagem, batia no ombro daqueles com aparência mais jovem e dizia: “Vamos lá?”, todos já sabiam que não poderiam mais ficar pois o horário noturno só era permitido por lei para os adultos. Para a juvent...

Você já ouviu falar da Rua do Mela o Bico?

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Nas imediações da atual Avenida João Maria de Oliveira, mais precisamente entre o Hotel Pôr do Sol e o Supermercado Bitencourt, funcionava o curral onde se abatiam os animais para o consumo da população. Naquela parte da cidade, por volta dos anos 1950, via-se as tarefas da lida oriunda desta atividade, costume que, aliás, perdurou até meados dos anos 1980. Algumas mulheres se prestavam ao duro trabalho de limpar as vísceras para serem vendidas no barracão que ficava na atual Praça Ângelo Lagoa. As mulheres que ganham a vida com esse ofício são, até os dias de hoje, conhecidas como “fateiras”. Atividade de baixíssima remuneração, exige duro labor à beira do fogo de lenha a fim de escaldar as partes menos nobres do boi. Comumente, os locais que desenvolvem tal atividade passam ao observador um aspecto de sujeira e pobreza extrema, o que faz das fateiras pessoas demasiadamente descriminadas na sociedade. É possível que o nome atribuído à rua sem pavimentação e com casas m...

Quadrinhos História do Cangaço em andamento

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Labareda, por Matheus Queiroz A revista Histórias do Cangaço está sendo preparada com muito cuidado e dedicação. Será uma revista em quadrinhos dedicada à contar as ações de cangaceiros no agreste da Bahia e Sergipe. As histórias serão contadas com base em fatos reais do cangaço.

A seca que assolou o semiárido baiano em 1932

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Retirantes: Portinari No transcorrer desses mais de dois anos de pesquisa historiográfica em nossa região, diversos idosos foram entrevistados. Boa parte desses foram testemunhas oculares da famigerada “seca de 32”, como costumam nominar. Outros, ainda, são descendentes em primeiro ou segundo grau daqueles que enfrentaram terrível e penoso ano de 1932.             A região semiárida nordestina é envolta pelo chamado polígono da seca, área na qual as chuvas são irregulares e os longos períodos de estiagem são cíclicos. Há um certo consenso entre os pesquisadores do clima acerca do principal culpado dessa lástima, o fenômeno El Niño. No campo político, Juracy Magalhães ocupava o cargo de governador da Bahia e Getúlio Vargas era o presidente do país. As políticas públicas no combate à seca são historicamente ineficientes. Comumente reduzem-se à construção de açudes e a assistência imediatista dos carros pipas (esses úl...

Fuga de escravizados em Fátima e região

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Disponível em: http://www.muitointeressante.com.br/blog/a-doenca-que-fazia-os-negros-fugirem-da-escravidao O processo de colonização que os portugueses implantaram no Brasil era demasiadamente dependente da mão-de-obra escrava. Foi o braço de africanos trazidos da sua terra natal para a América Portuguesa (Brasil) que construiu a pátria que conhecemos hoje. A escravidão brasileira não carece de romantização. As histórias que contam de uma relação pacífica entre escravos e senhores de escravos é exceção e, com efeito, visam suavizar as condições brutais às quais os negros eram submetidos durante os mais de três séculos de regime escravista no Brasil. Homens, mulheres e crianças eram submetidos, para ficar em alguns poucos e espaços exemplos, aos mais diversos castigos físicos e psicológicos como: Marcação à ferro, chicotadas, ficavam confinados em espaços impróprios e desconfortáveis, abusos sexuais e tantos outros abusos. Uma das principais formas de resistência, não a...

Quadrinhos - Histórias do cangaço

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Esse é o esboço inicial feito pelo ilustrador Matheus Queiroz dos personagens da revista em quadrinho HISTÓRIAS DO CANGAÇO. Essa revista é um projeto que venho desenvolvendo nos últimos meses. A publicação terá como principal objetivo contar as histórias de cangaceiros em toda a nossa região. O formato da revista, bem como sua linguagem e ilustrações então sendo feitos visando a possibilidade de uso do seu conteúdo em sala de aula do ensino fundamental e médio.

A Caipora e os segredos da caatinga

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Disponível em: https://www.artstation.com/artwork/e2VBD A atividade da caça é, com frequência, envolta por um misticismo muito forte. A despeito de ser, hoje, uma prática proibida. No passado, muitas pessoas sustentaram suas famílias através da caça. Atualmente, com o avanço inclemente do desmatamento sobre toda a região do semiárido baiano e sergipano, para ficar somente neste exemplo, os animais que costumavam ser abatidos para o sustento humano estão cada vez mais raros. Um contraste com a abundância de outrora narrada pelos antigos caçadores. A caça é, por via de regra, praticada por pessoas de hábitos simples e de pouca instrução. Seus adeptos eram pessoas religiosas que desenvolviam verdadeiros rituais supersticiosos antes e durante as caçadas. Certas palavras e gestos eram proibidos no meio do mato, “sinais” da natureza eram interpretados e carregados de significados. Avisos do espectro sobrenatural. Dentre as entidades do mato, o mais famoso entre a nossa gente...

Cangaceiros sem cabeça

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Cabeças dos 11 cangaceiros mortos em Angico Aqueles que se interessam minimamente por história, neste caso, história do cangaço, vão lembrar com relativa facilidade de um macabro costume das lutas entre cangaceiros e volantes. Era comum que os soldados, ao matar um cangaceiro (a) decepassem as cabeças dos bandoleiros, geralmente a golpes de facão. Existem diferentes versões entre os estudiosos do cangaço para justificar tal prática. A versão mais aceita, contudo, é que o costume se daria em virtude da necessidade de provar para autoridades e a sociedade como um todo que o feito (o assassinato de um cangaceiro) tinha sido concretizado. Na impossibilidade de levar o corpo inteiro para a cidade ou vila mais próxima (é bom lembrar que volante e cangaceiros, por via de regra, viajavam à pé) os policiais simplesmente cortavam as cabeças dos cangaceiros e levavam o macabro troféu. Outra parte do ritual que comprava esta versão é a fotografia de registro. Na grande maioria dos casos, ...

Manual Didático do Professor de História

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Olá, pessoal! Esse é o meu livro destinado à professores de História. Ele é fruto de uma pesquisa de dois anos e traz atividades práticas para tornar as suas aulas mais atraentes e seus alunos mais participativos. Está disponível na Amazon por apenas R$ 10,00. É só clicar no link abaixo.

Por que Fátima era chamada de Mocó?

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Em meados dos anos 1930, a pequena localidade que posteriormente viria a ser a atual cidade de Fátima era conhecida como Mocó. O Mocó é um roedor de pequeno porte da família Caviidae , que vive no bioma caatinga. De pelagem cinzenta, esse animalzinho alimenta-se de cascas de árvores, brotos, folhas e frutos. Em entrevista com José Nonato de Oliveira, ou seu Nonato, como é conhecido, ele nos afirmou que, nas primeiras décadas do século XX, este animal era encontrado em abundância na área acidentada que fica nas proximidades da torre de Fátima de propriedade, hoje, da família de José Ferreira Sobrinho (Zé da Barreira), já falecido. Apreciado pelos caçadores da época, os Mocós eram abatidos aos montes no referido local e foram os próprios homens que costumavam caçar na região (Hoje já bastante povoada) que apelidaram toda a área de Serra do Mocó. Ao mesmo tempo, as esparsas casas que compunham o que viria a ser a atual Praça Ângelo Lagoa (a mais antiga da cidade) recebera...

Ilustração de Labareda

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Ilustração: Mateus Queiroz

Diversão da juventude fatimense nos anos 1970

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Os jovens têm sempre a necessidade de se divertir. Em cada época, a juventude cria as suas formas de diversão de acordo com as possibilidades econômicas e os costumes típicos de cada período e lugar.             Nos anos 1970, muitos jovens fatimenses, sobretudo homens, precisavam viajar em busca de trabalho e oportunidades que a pequena Vila de Fátima não tinha para oferecer. O destino era quase sempre a pujante cidade de São Paulo. No auge do processo industrial, entre as décadas de 1950 e 1970, nordestinos de todos os estados precisavam realizar esse êxodo rural em direção aos grandes centros urbanos fugindo da seca, da pobreza e desemprego.             Mesmo longe da sua terra natal havia sempre a esperança de voltar, mesmo que fosse por um curto período para rever os parente e amigos.             As viagens d...