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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Foto do final dos anos 1980

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Esse flagrante é da Avenida Nossa Senhora de Fátima na esquina do Bar 14. Na imagem é possível visualizar um ônibus estacionado na frente do referido bar e um passageiro desembarcando. A avenida tinha calçamento apenas nas proximidades do Mercadinho JR, sendo o restante ainda sem pavimentação, o canteiro central, entretanto, já havia sido construído. A foto é mais uma contribuição de Juan Kléber para o Blog HF.

Fátima FM, o início do rádio em Fátima

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Em 1998, a Associação Rádio Comunitária e Cultural Fátima FM, 98.5 entrava nos lares dos fatimenses e até de cidades vizinhas. Seria aquela a primeira experiência de uma rádio genuinamente fatimense. A programação era bastante diversificada, músicas de diversos gêneros ecoavam na emissora. Em dias de festa na cidade, o locutor Carlos César Gonçalves trazia as atrações para animadas entrevistas, o que consistia na prévia das festividades em praça pública ou no Clube de Zé de Bilu. Dentre as atrações que passaram pelo modesto estúdio da emissora que ficava em frente ao atual supermercado Nossa Senhora de Fátima, estiveram a banda Forró Maior, Adelino Nascimento, Ismar Barreto e o mais frequente, Borba de Paula. Carlos César e Borba de Paula Carlos César e Ismar Barreto A rádio foi a principal atração da cidade naquele fim dos anos 1990, na gestão de Eduardo Pires. Os ouvintes enviavam, ou levavam pessoalmente, cartas com pedidos de música ou mesmo declarações ...

Time de futebol nos anos 1970

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Mais um registro da prática esportiva e dos hábitos dos fatimenses dos anos 1970. A foto foi tirada no campo da cidade que ficava nos fundos da atual Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima.

Feira Livre na Vila de Fátima dos anos 1960

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Nego de Joaquim ao centro, os dois outros rapazes são de Caxias. Foto tirada na atual Praça Ângelo Lagoa em um dia típico de feira dos anos 1960 próximo ao barracão onde ocorriam as feiras. Pela imagem é possível concluir que as feiras já eram abastecidas por veículos automotores, o que significa que o tempo dos tropeiros de burro já chegava ao fim. Ao fundo é possível ver a fachada das casas, bastante diferente dos aspecto atual.              

A odisseia da construção de uma casa de taipa

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Construir uma casa nunca foi tarefa fácil. É necessário mão de obra especializada, uma gama de materiais de diferentes tipos e origens para erguer uma estrutura que possa ser habitável. Hoje, mesmo com o advento de técnicas modernas, a construção de uma residência continua a ser um desafio para quem deseja construir o seu próprio canto nesse nosso mundo.             Os nossos antepassados, nesse nosso seco pedaço de chão, precisavam de um esforço muito maior para construir suas moradias e abrigarem suas comumente numerosos proles.             Além dos fatores econômicos (é sabido que a nossa região, assim como todo o nordeste brasileiro foi muito mais pobre do que é hoje durante boa parte do império e também da república) as técnicas de construção, salve raríssimas exceções, eram rudimentares.             Na grand...

Incrível registro da passagem de uma volante em Paripiranga nos anos 1930

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A foto faz parte do acervo do pesquisador Marcos Carregosa Lima. Na imagem podemos ver a igreja da cidade que ainda hoje existe e a tropa sob o comando do Tenente Lobo em fila indiana posando para o fotógrafo. Provavelmente a volante estava de passagem por patrocínio do Coité (atual Paripiranga) em perseguição ao grupo de Labareda que atuava nessa região. É possível que o cachorro que aparece em primeiro plano fosse usado para rastrear os cangaceiros. Mais uma cortesia do parceiro Juan Kléber.

A libertação dos escravos e seus efeitos em Fátima e região

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Em 13 de maio de 1888 o Brasil dava pontos finais a um dos capítulos mais difíceis da sua história. A lei áurea foi sancionada e a escravidão estava oficialmente extinta no país, fomos a última nação das Américas a finalizar este capítulo vergonhoso da nossa história.             O fim do regime escravista foi o resultado de um longo processo de lutas abolicionistas que envolveram parte significativa da sociedade em uma luta ferrenha contra as elites agrárias que buscavam a todo custo sustentar a escravidão.             A consolidação da liberdade para milhares de escravizados causou grande impacto em toda a sociedade. Uma vez livres, os ex-escravos precisavam lutar pela sobrevivência e dignidade. Nos interiores desse imenso país, as pessoas lutavam para se adaptar ao novo regime. Em “Fogo Morto”, José Lins do Rego narra a festa que se seguiu à chegada da n...

Fotografia da chapa João Maria/Augusto Borges

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Esse registro compõe o acervo de Juan Kléber Menezes. Mostra a foto de campanha da chapa vencedora da primeira eleição de Fátima como município autônomo. Na oportunidade João Maria concorre para prefeito e tem como candidato a vice Augusto Borges pelo instinto PDS. O ano é 1986. Mais um importante registro fotográfico que nos ajuda a contar a história da nossa cidade.

Procissão em Fátima. Anos 1970

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Jucundo e Zé domingos segurando o andor. Mais uma foto enviada ao Blog HF por Juan Kléber. A curiosidade da imagem reside nos homens de terno segurando o andor. Segundo relatos de contemporâneos, apenas homens portando terno e gravata tinha autorização para portar a imagem sacra, esses homens, por via de regra, eram pessoas de posse, geralmente doadores de animais para os leilões promovidos pela igreja.

Time de futebol nos anos 1960

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A foto foi enviada ao Blog HF pela leitora Vanilda, que hoje reside em São Paulo. Na imagem podemos ver o time do Santos, nome dado à agremiação nos anos em que Pelé fazia sucesso no homônimo paulista. De acordo com Sinval, que aparece na foto, a época retratada são os anos 1960. O campo da então Vila de Fátima localizava-se no fundo do atual Colégio Estadual antes mesmo deste existir. Um dado curioso é que, quando as obras da escola iniciaram, atrapalhando o campo, muitos usuários ficaram enfurecidos e uma grande confusão se armou no local. Curiosidades da nossa história.

Uma típica bodega de Fátima dos anos 1950

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A foto nos foi enviada pelo pesquisador parceiro Juan Kléber Menezes. É um importante registro de um estabelecimento comercial conhecido entre os sertanejos como "bodega" que ficava localizada na atual Trevessa São Francisco Diassis, rua que liga a praça da igreja à Praça Ângelo Lagoa. A partir da fotografia é possível perceber alguns itens à venda, principalmente bebidas alcoólicas, um antigo rádio sobre o que parece ser uma geladeira a gás (não havia energia elétrica ainda, esta só seria instalada em 1971). O homem que aparece na foto é o proprietário, Osvaldo de Moisés Canoa, também conhecido como "Gata de Moisés". De acordo com o referido pesquisador, o local foi por muitos anos um ponto de encontro de amigos e conhecidos, onde seresteiros cantavam e se divertiam, tendo suas atividades finalizadas em 1958 em virtude de um evento trágico ocorrido naquele ano, sobre o qual não comentaremos por razões de autorização.

A lei do ventre livre de 1871 e seu impacto em Fátima

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Imagem ilustrativa. disponível em: https://paineira.usp.br/aun/index.php/2017/05/03/lei-do-ventre-livre-nao-tinha-reais-intencoes-abolicionistas/ Promulgada em 28 de setembro de 1871, a lei do ventre livre, também conhecida como Lei Rio Branco foi o resultado de um processo que envolvia a pressão inglesa e do movimento abolicionista junto ao império de D. Pedro II. Após Ampla discussão é aprovada na câmara por 65 votos a favor, sendo 45 contrários. Concedia alforria automática aos filhos de mulheres escravizadas à partir da sua promulgação. É considerada a primeira lei abolicionista, depois dela ainda tivemos outras duas leis que visavam atenuar a escravidão no país. A saber, a l ei Euzébio de Queiroz (1850) e a Lei dos Sexagenários (1885).   O documento foi assinado pela Princesa Imperial Regente Isabel, o seu Artigo primeiro diz que os filhos menores de oito anos devem permanecer sob a guarda dos senhores de suas mães que terão a obrigação de cuidar da criança até ...

O cangaço e a ética da virilidade

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Cangaceiro, Panca (ao centro), Vinte e Cinco à esquerda e Peitica à direita. Acervo de Kiko Monteiro. Jessé Souza, em sua obra, “A Ralé Brasileira”, discorre sobre aquilo o que chama de “Ética da Virilidade”. É esta, uma espécie de pacto social velado comum em toda uma classe social do nosso pais, a bem dizer, a classe que ele denomina provocativamente de “Ralé brasileira”. Tal pacto, é extremadamente difundido de forma irreflexiva entre todo esse segmento social permeando o seu cotidiano, ditando os costumes de milhões de brasileiros. Essa ética confere valor aos atributos de robustez dos homens, hierarquizando esses indivíduos de acordo com seu comportamento. É assim, por exemplo, que homens com características mais masculinas como a valentia e a coragem, são muito bem vistos socialmente. Entretanto, atitudes mais cotidianas e sutis vão aos poucos montando um “cabra macho” no imaginário popular. Características como: Comer em demasia, possuir força física notória, praticar se...

Getúlio Vargas e o fim do Cangaço

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O cangaço foi um fenômeno tipicamente nordestino de banditismo social com apogeu entre as décadas de vinte e trinta do século passado. O cenário nordestino desse período era tão trágico quanto o do advento do movimento de Canudos décadas antes. A população faminta era encurralada entre a seca severa e os desmandos de coronéis que acumulavam poderes frente à negligência do Estado. É nessa conjuntura de abandono que nordestinos aderem ao banditismo, passando a vagar pela caatinga praticando toda sorte de barbaridades. Não é minha intenção fazer juízo de valor dessas pessoas, mas analisar o processo de construção do fenômeno do cangaço. Os cangaceiros tinham controversa reputação entre os sertanejos, eram considerados bandidos sem princípios por uns e heróis cantados em verso e prosa por outros. Fato é que o bando de Lampião, só pra ficar em um exemplo, atuou fortemente por mais de duas décadas, demonstrando a incapacidade do poder público de cercear as ações de grupos de cangace...

O Barracão e a Feirinha

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Seresteiros na praça do barracão. Anos 1950. Muitos fatimenses já ouviram pessoas chamarem a atual cidade de Fátima de Feirinha. Por vezes, a denominação é carregada de um tom pejorativo e o fatimenses, por via de regra, não gostam de ouvir a cidade ser assim chamada, sobretudo por pessoas de outros municípios.             Quando eu entrevistei “Seu Faustino” em 2018, ele me fez um relato detalhado sobre uma construção que, assim como a palavra “feirinha”, também povoa o imaginário do nosso povo. Seu Faustino me falou sobre o barracão que abrigava a antiga feira da localidade então conhecida como Mocó.             Pessoalmente eu já tinha ouvido falar desse barracão que ficava na atual Praça Angelo Lagoa, essa, ainda hoje chamada por muitos fatimenses de “Rua Velha” por ser a primeira rua da cidade, erguida durante os 1920 e 1930.      ...

Fátima, década de 1950

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A foto, tirada na década de 1950, foi cedida ao Blog HF pelo pesquisador Juan Kléber Menezes e pertence a sua avó, Dona Nivalda. Na imagem podemos observar que algumas jovens posam para a fotografia em clima de descontração. O fator mais importante nessa foto é o local. Foi tirada na igreja matriz quando esta ainda era uma pequena capela.

Foto dos anos 1970 mostra a Avenida Nossa Senhora de Fátima

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A foto, tirada em 1972, foi cedida ao Blog HF pelo pesquisador Juan Kléber Menezes. O local é a avenida Nossa Senhora de Fátima em frente à escola de mesmo nome, conhecido pelos fatimenses como Escola Estadual.             Na imagem podemos ver moradores posando para a foto em frente à um automóvel Variante, ao fundo uma rural. Esses modelos não são mais vistos circulando pelas ruas com raras exceções.             O dono do carro em primeiro plano é o senhor Francino, um dos primeiros fatimenses a adquirir um veículo.             A avenida aparece ainda sem a pavimentação e as fachadas das casas, em estilo neocolonial são bastante diferentes do aspecto atual.             Os fatimenses registrados na imagem são: Dona Nita, Seu Francino e Dona Maria de Franci...

Foto dos anos 1980 mostra a Avenida Nossa Senhora de Fátima ainda sem calçamento.

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Foto cedida ao Blog HF pelo pesquisador Juan Kléber Menezes. A imagem mostra parte da principal avenida da cidade ainda sem calçamento em meados dos anos 1980. A parte da avenida fotografada fica nas proximidades da esquina do Bar 14 e mostra, entre outras casas, a do senhor Jucundo que, embora reformada, ainda existe.             É perceptível a radical mudança na arquitetura das construções. Onde antes existiam casas muito simples fazendo menção a um estilo neocolonial, temos as construções bem mais moderados dos dias atuais.             Os automóveis eram relativamente raros à época e o transporte de pessoas e mercadorias era feito no lombo de animais como o jumento que aparece na foto. Mais um registro importante da vida dos fatimenses no passado.

O deputado Paripiranguense que ajudou João Maria a conseguir a emancipação de Fátima.

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Fonte: Site da ALBA Faustino Dias Lima nasceu no dia 23 de julho de 1930 em Paripiranga. Foi eleito deputado estadual pelo PDS em 1983, ocupando o cargo até 1987. Antes de se engajar na carreira política foi auditor fiscal e ocupou diversas cargos na prefeitura de Feira de Santana onde teve importante papel em diversas administrações, tanto é que uma grande escola municipal da referida cidade carrega o seu nome.   Ainda não está claro o grau de proximidade entre o deputado e João Maria de Oliveira. Fato é que o próprio João Maria cita, em entrevista ao jornal Tribuna da chapada em 1987 a importância do apoio do deputado. Na oportunidade, o então prefeito de Fátima narra toda a odisseia da emancipação que teria iniciado ainda em 1953 pelo próprio chefe político, com diversos projetos engavetados só sendo efetivada com o apoio do político paripiranguense em primeiro de Abril de 1986. De acordo com o pesquisador Juan Kléber, que é da família do ex-deputado,  Dona Ludi...

Você já ouviu falar em Luzerna?

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Desde a mais tenra infância, ouvi das pessoas mais velhas, histórias assustadoras do suposto fenômeno paranormal denominado popularmente de Luzerna. Em pesquisa no Google, a palavra luzerna aparece unicamente como menção a um município de Santa Catarina que carrega tal denominação. De acordo com o dicionário Aurélio Online, a palavra Luzerna significa clarão, luz intensa. Seu significado no dicionário diz muito sobre a representação que o povo fatimense tem desse fenômeno. O imaginário popular do povo de Fátima e região, dá conta de ser esse um fenômeno ligado à forças ocultas. Conversando com pessoas que acreditam piamente no evento, as explicações vão em direção aos dogmas do catolicismo. Segundo a tradição popular, a luzerna é uma enorme “bola de fogo” que é avistada em noites escuras, assustando e perseguindo pessoas nas áreas mais afastadas, quase sempre na zona rural. A sua ligação com o catolicismo reside na explicação popular  da ocorrência, segundo a qual, ser...

Visita ao castelo Garcia D’ávila

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Ao fundo, a capela do castelo. Essas são as ruínas de uma edificação que data dos séculos XVI e XVII. Sua construção foi iniciada por Garcia de Sousa D’Ávila ainda nos anos 1500. Sua arquitetura tem o estilo medieval, é a única construção das Américas com tais características e só foi concluída setenta anos após o início. Início da visita, Filme conta a história do castelo. Ao fundo, Tiago e Família. Como já abordado em textos anteriores aqui no Blog, Garcia D’Ávila era filho do primeiro governador geral do Brasil, Tomé de Sousa, que veio à colônia para acabar com as capitanias hereditárias e modificar a maneira como Portugal administrava o Brasil quinhentista. Mesmo após sua morte, em 1609, sua família deu seguimento ao legado de poder e riqueza. A família Ávila ostentou a posse do maior latifúndio de que se tem notícia em toda a história, cerca de 800 mil quilômetros quadrados de terras. Achados arqueológicos encontrados no entorno da edificação. Destaqu...

A simplicidade da vida na vila de Fátima dos anos 1960

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Foto, arquivo pessoal de José Elício Em fins dos anos 1980, José Elício, conhecido por todos como “Zelício de seu Tóta” resolve iniciar o curioso projeto de escrever as suas memórias e o seu ponto de vista dos anos entre a infância e a adolescência vividos na então Vila de Fátima. Tais registros, cuidadosamente datilografados (escrito ainda com máquinas de escrever) em cerca de trinta páginas, hoje já amareladas em decorrência dos seus mais de trinta anos de existência, são panorama interessantíssimo de como era a vida cotidiana dos nossos antepassados que aqui viviam por aquela época. É trabalho do historiador colocar filtro sobre as memórias, saber interpretá-las e fazer daquilo o que parece algo muito pessoal de quem escreveu, uma janela panorâmica que nos leva automaticamente ao passado, este inacessível, no sentido mais literal do termo, por definição. A narrativa de Zelício é um retrato a nos mostrar a vida dos fatimenses do passado. À partir das suas memórias, é pos...