O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

segunda-feira, 2 de março de 2020

O Rio Velho, o rio fatimense


Os rios são fontes de vida para as populações humanas desde os primórdios da civilização. Não faltam exemplos de povos que se estabeleceram às margens de grandes rios e prosperaram, tais como: Egípcios (Rio Nilo), povos mesopotâmicos (Rios Tigre e Eufrates), Chineses (Rio Amarelo) e tantos outros.
Embora não tenhamos grandes cursos d’água em nosso território, fazemos parte da bacia hidrográfica de dois rios importantes, o Vaza Barris e, em menor escala, do Rio Real.
O Rio Velho, que passa pelo território de Fátima, é um afluente do Vaza Barris. Ele nasce, conforme imagens, próximo à sede do município vizinho de Cícero Dantas, alimenta o açude da Queima Grande, o principal reservatório do município, segue para o Açude de Adustina e vai se encontrar com o Vaza Barris na divisa com Paripiranga.
O Rio Velho é um rio Intermitente, isto é, fica quase que completamente seco nos períodos de estiagem. Isso ocorre por que o lençol freático fica abaixo do leito do rio interrompendo sua alimentação. Suas águas são fruto do escoamento das chuvas.
Ele passa nas proximidades da cidade, talvez o seu ponto mais famoso seja no terreno que pertenceu a José Domingos, indo em direção à comunidade da Serradinha. Quando criança, no início dos anos 1990, costumava frequentar a área para tomar banho com os amigos durante os períodos de cheia.
As cheias do Rio Velho, além de trazerem água para abastecer os reservatórios, também já foram protagonistas de tragédias. Nos anos 1990, houve uma grande enchente que findou por provocar a morte de duas jovens. Surpreendidas pela enxurrada repentina provocada por fortes chuvas na cabeceira do rio, fenômeno conhecido como “enxurrada relâmpago” ou “Cabeça D’água”, as jovens foram arrastadas pelas águas. Seus corpos foram encontrados somente no dia seguinte por populares envolvidos nas buscas.



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