MOISÉS SANTOS REIS AMARAL[1]
Resumo:
Desde 1894, praticamente três
anos antes da Guerra de Canudos, o sertão andava inquieto com as notícias do
beato e seu crescente número de seguidores. Nas cartas analisadas para este
trabalho, é possível notar a intranquilidade dos grandes latifundiários e o
medo de um conflito armado de grandes proporções. Através das missivas, Cícero
Dantas Martins, o Barão de Jeremoabo, era informado sobre as movimentações de
tropas legais e recebia as alardeadas notícias dos fracassos das três primeiras
expedições. Como o grande latifundiário dos sertões da Bahia e de Sergipe, o
Barão contava com uma promissora rede de informações que são objeto de estudo
desse artigo. Nesse trabalho, analiso a circulação dessas notícias por meio de
cartas e o impacto que cada missiva tinha no ceio da elite agrária local.
Abstract:
Since 1894, practically three
years before the War of Canudos, the backlands were restless with the news of
the blessed and his growing number of followers. In the letters analyzed for
this work, it is possible to note the concern of large landowners and the fear
of a major armed conflict. Through the missives, Cícero Dantas Martins, the
Baron of Jeremoabo, was informed about the movements of legal troops and
received the vaunted news of the failures of the first three expeditions. As
the large landowner of the backlands of Bahia and Sergipe, the Barão had a
promising network of information that is the object of study in this article.
1- PRELÚDIO
DE GUERRA DA GUERRA:
O
clima no sertão no início de 1896 era tenso, afinal, já havia se passado quase
três anos da fundação de Belo Monte. Naquele momento, enquanto o arraial de
Canudos crescia com a chegada de levas de sertanejos esperançosos de uma vida
menos sofrida, a elite rural local se incomodava com as movimentações dos
conselheiristas e se encarregavam de pintar os canudenses com as piores cores.
Nos povoados, o medo imperava.
Era 2
de janeiro de 1896, pouco após os festejos de ano novo, quando José Américo escreve
ao Barão. Na missiva, afirma inconformado: “Conselheiro é o rei dessa terra sem
lei”. Na mesma correspondência, reporta gente pedindo esmola pelas vilas e
reporta o primeiro boato dessa série de cartas que trata dos inúmeros boatos
que insinuavam invasões e depredações dos conselheiristas nos arruados
vizinhos.
José
Américo de Souza Velho dizia não ser brasileiro, quanto a isso, sabe-se que seu
avô paterno era português e chegou ao Cumbe[2] em 1737. Era proprietário
da fazenda ilha, no atual território limítrofe entre Euclides da Cunha e Cícero
Dantas. Foi um dos mais dedicados opositores aos conselheiristas e ao perigo do
movimento para a ordem local, conforme depreende-se desse trecho de uma carta
escrita ao Barão em 28 de fevereiro de 1894:
Temos
muito breve de ver este sertão confiscado por ele e seu povo; pois está com
mais de 16 mil pessoas, povo este miserável (tudo que foi escravo, tudo que é
criminoso de toda província): não tendo uma só criatura que está seja humana, e
ele impondo as leis; criando exército de soldados; e fazendo tudo que lhe vem a
vontade.
É evidente a animosidade do remetente com os
conselheiristas e é possível que alguns dados informados tenham sido super
alimentado, a fim de criar nos desafetos uma imagem socialmente
condenável. Na mesma correspondência reclama
da falta de ação do governo para com as movimentações dos conselheiristas,
alega que o clima formado no sertão é terrível e reporta fazendas abandonadas e
falta de trabalhadores. Como se sabe, essa arregimentação de trabalhadores em
potencial por parte do Conselheiro foi um dos principais problemas enfrentados
pelos grandes latifundiários no que se refere ao arraial de Belo Monte.
Ainda nesse clima de animosidades, Antônio Ferreira de
Brito, prefeito de Ribeira do Pombal, escreva ao Barão a 10 de fevereiro de
1894, informando de saques cometidos por conselheiristas na cidade: “Ontem
fomos surpreendidos com a aparição de 17 sicários do Antônio Conselheiro,
armados até os dentes, demoraram pouco e seguiram para os lados daí; aqui
chegando, soube terem dormido na Várzea Salgada, onde moram meus sobrinhos”. E
em seguida arremata demonstrando a temeridade da elite local: “Principiam as
correrias, em breve os roubos e desrespeito as autoridades; e como
repelir-se!!! com um só praça que tem no Pombal!”.
No que se refere aos relatos de iminência de um conflito
entre o Estado Brasileiro e Canudos, a aristocracia rural local tinha toda a
razão. Como é notório na historiografia, as tensões foram aumentando até
irromper em um conflito de grandes proporções e enorme flagelo humanitário.
Com o desenrolar do conflito, os amigos e correligionários
do Barão continuam a informá-lo dos acontecimentos. Em 21
de novembro de 1896, irrompe a batalha de Uauá, o primeiro combate entre
conselheiristas e os homens do exército, composto exclusivamente por
soldados do batalhão da Bahia. No confronto, as tropas
legais são derrotadas, para grande surpresa dos locais.
Seis dias depois, em 27 de novembro, Marcelino Pereira de
Miranda[3] escreve ao Barão:
“Notícias do Conselheiro horrorosas. Além da Batalha havida no Uauá onde morreram
(por diversas contas) 112 do Conselheiro e 9 praças do Governo”.
Nessa mesma missiva, Marcelino Pereira faz um panorama de
todos os ocorridos e alega estar Antônio Conselheiro aumentando o seu exército
ao mesmo tempo em que ameaça, segundo suas informações, massacrar todos os
republicanos e acusa o Conselheiro de mandar trucidar a família de Antônio da
Motta. Segue trecho: “O Conselheiro mandou trucidar a infeliz família de
Antônio da Motta não deixando vivo nem um, pois, o último foi assassinado aos
pés dele Conselheiro!”
A batalha de Uauá parece ter sido motivo de grande
admiração em toda a sociedade. Pelo que consta, foi esse o assunto mais
comentado da região, ao menos até o próximo encontro entre as partes
conflitantes. No dia 5 de dezembro de 1896 Domingos Victor de Jesus[4], escreve ao Barão, ainda
falando das consequências desse conflito em Uauá:
[...]
sucedeu no Uauá no dia 21 do próximo passado o que Vossa Excelência já deve ter
sabido, o depois do alarme feito fui ver mesmo para contar de vista contei no
pátrio da rua do lado do Conselheiro 74 fora os que estavam por fora mortos e
baleados creio que segundo o que dizem morreu mais de cem, os soldados, dizem
que morreram 10 e voltaram alguns feridos, as casas de negócio foram queimadas enfim
foi uma derrota e depois consta-me que condenam os moradores do lugar que foram
falsos os soldados o que acho injusto.
Esse
depoimento é especial, por ser de alguém que diz ter ido pessoalmente à vila e
presenciado uma cena terrível, de corpos espalhados pela rua. Na sequência,
reporta os boatos que circulavam ágeis sobre os conselheiristas:
[...] consta
também que nesta outra batalha se o governo for feliz, manda acaba com os moradores
do Uauá depois do acontecido aqui. também houve 5 mortes no Canudos uns com os
outros. na ocasião do fogo no árebalde de 5 léguas não ficou gente em casa
nestes meios o por aqui só não saiu eu. com esta notícia os que voltaram para
casa estão de novo saindo e uma revolução morosa. Eu pude sair quando me vi apertado
no contrário não.
Em janeiro de 1897, o Barão continua sendo informado acerca
das movimentações de tropas. No dia 2, José de Góis[5] escreve de Acaru: “A força
de linha chegou na Vila no dia 29, comandada pelo Major Febrônio de Britto”.
Na mesma missiva, entre temas ligados às eleições, critica
a estratégia utilizada pelas forças em Uauá. De acordo com o seu entendimento:
Foi um
verdadeiro desastre o Governo mandar somente 100 praças contra o Conselheiro,
porque n’essa data se vem 400 bem municiados teriam dado cabo d’elle, pois
tinha por fora mais de um terço de seus batalhadores, agora reuniu muito mais
tem fortificado as entradas.
Na sequência, faz uma descrição de conhecedor da terra,
acerca das emboscadas e do terreno:
[...]
depois o terreno é todo cheio de grutas e montes, não podendo a força abrir
alas e estender linhas de batalha com promptidão, para bate-los pela
retaguarda, tendo somente que arrojar-se de frente, dentro é melhor, mas as
trincheiras são todas em distância de légua o duas. A força vem bem municiada
traz 200 mil cartuchos, peças de tiros rápidos; mas deve prevenir-se de uma
surpresa, pois eles, conhecem. conhecendo a desigualdade de suas armas e falta de
munição, tentam surpreender a força a ferro frio, embora o morticínio seja
enorme, mas o fanatismo a tudo os arrasta, e a mania e orgulho do Conselheiro é
descomunal.
Em
seguida, afirma ter alertado os pares em outras ocasiões a respeito da rebelião
que se anunciava com as peregrinações dos conselheiristas, oferecendo ao leitor
um vislumbre do que pensava a elite política da época, ao tempo em que fala da
personalidade do Conselheiro segundo sua ótica:
Deve se
recordar quando lhe escrevi no tempo do desgoverno do Sr. Rodrigues Lima, de
eterna memoria, sobre a questão Masseté onde dizia eu que o Governo não abafava
logo esta revolta no começo, depois se enraizaria, outras iriam sucedendo-lhe,
depois o Governo encontraria serias dificuldades para debela-las; mas assim o
quiseram, de tudo formaram a politicagem, e hoje o infeliz povo que pague o
parto – do dispêndio, saque incêndio assassinatos etc. O Uauá, que prosperava,
ficou arrasado. o Conselheiro por outro lado já demoliu mais de cem casas,
currais, cercados etc. incendiando a muitos. Não sabemos onde irá parar isto,
pois de momento, o Santo pode mudar de plano. Ele não é o homem que muitos
julgavam de maníaco e inofensivo; é vaidoso aventureiro, que tratou de
fanatizar aos ignorantes, e muita gente boa se iludia com ele [...] As casas de
Canudos e Cocorobó, foram demolidas, e dizem os demolidores que até dez léguas
o farão, e que esses bens ficam pertencendo ao bom Jesus dos Canudos, sendo
João Abbade o procurador. Desenganado dos milagres, tenta animar com o roubo!
Havia muita expectativa entorno da terceira expedição, era
a ação mais efetiva por parte dos militares Florianistas do Rio de Janeiro.
Moreira César, considerado um herói de guerra pela repressão duríssima em Santa
Catarina fora escalado para comandar a ação que arrasaria Canudos sem muito
esforço.
Acerca da partida do comandante de Salvador rumo ao sertão,
o primo do Barão, residente na capital escreve: “No domingo seguiu o Moreira
Cezar para Queimadas, indo assistir o seu embarque “o governador” que tem se
rebaixado ao último furo, com medo do Moreira Cezar; ontem seguiu o resto do 9º
batalhão”
O
“Corta Cabeça” chegava ao sertão com uma reputação monstruosa, tanto políticos
cariocas, como a imprensa e principalmente a elite local, tinha plena certeza
de que o conflito acabaria no princípio de março de 1897.
Assim como era grande a expectativa no entorno da
expedição, as notícias das mortes de Moreira César e do Coronel Tamarindo caíram
como uma bomba para a elite local. No dia 19 de março de 1897, o compadre do
Barão, Marcelino Pereira de Miranda, escreve de Tucano. A correspondência
inicia com a famigerada precipitação do comandante de não dar descanso à tropa
e invadir Canudos assim que chegaram. Reportando conversa anterior com o
Vigário Sabino do Massacará, escreve: “Disse-me que foi temeridade do Cézar
entrar em Canudos sem discando da força, e que ele bem o avisou de tudo, quando
com ele seguia”.
Na sequência, faz um saldo das baixas durante a batalha e
descreve o que teria sido uma represália dos conselheiristas à vila do Cumbe,
atual município de Euclides da Cunha, Bahia:
Os
jagunços vieram ao Cumbe em número de 30 e tantos, em procura dos Soldados. ahi
não achando-os foram a casa do Antoninho e derribarão aporta onde furarão com
17 balas, e diversas janelas danificaram a casa. Se dirigiram ao armazém onde
estavam os viveres do Governo, puxarão para rua, e puseram fogo, que ainda
continua a arder, muita farinha, milho, feijão, sacas de café, e tudo mais. Foram
na Fazenda Araçás do Dedé, aí deitaram fogo na casa e cercas, e soltarão cento
e tantos rezes do Governo e procuravam José Americo Arsênio e Antoninho; este
está refugiado aqui na Tabua, até ontem; Arsênio seguiu para Jacobina José
Americo aqui passou quase louco, e está na Serrinha com o Dr. Americo. N’este
momento soube que o Arsênio ainda está no riacho. A morte do Leonel é falsa; sofreu
o susto, e o prejuízo, que queimarão-lhe a casa e o que dentro continha; ele e a
família ganhou a catinga, o alferes não foi para Bahia, esteve fora duas
noites, por aviso de Jose Americo que vinha no dia 10 a 11, três mil bandidos arrasar
tudo por aqui, de maneiras que aqui não ficou ninguém; porém um dia depois
soube-se o contrário, estamos tudo e todos voltando e na expectativa de piores
assaltos. No Monte Santo consta que o arraso que há, foi da tropa corrida.
Cinco
dias após o desastre da terceira expedição, no dia 7 de março, de Monte Santo,
escreve Manoel Menezes[6], com notícias
estarrecedoras: “De anteontem para cá que só se vê entrar oficiais e soldados
feridos e estropiados”.
Após a
humilhante derrota repercutir fortemente no Rio de Janeiro, o governo resolve
organizar outra expedição, mais bem armada e com maior contingente. Sob o
comando do General Arthur Oscar, a expedição de 4 mil soldados é organizada em
duas colunas, uma liderada pelo General João Batista Barbosa e a outra pelo
General Savaget.
No dia
6, de Monte Santo, Manoel Menezes escreve ao Barão, informando das
movimentações da quarta expedição:
O general Oscar, depois que aqui chegou vindo
de Queimadas foi com espaço de poucos dias ao Cumbe, quando voltou foi a
Queimadas, e depois desse último regresso de novo foi ao Cumbe; para alli e Massacará
tem estado em idas e voltas diversos batalhões, ficando de guarnição o general
Flores com a 3ª brigada e lá, conforme já lhe participei aprehendeiro diversas
cargas de viveres que conduziam para os santinhos. A 1ª brigada que alli tambem
foi em virtude de boatos espalhados que o homem ia enviar grande reforço para bate-los,
deve aqui chegar amanhã- Não sei o que fizeram dos aprehendidos nem fixamente o
seu número, porque pouco tenho indagado mas, consta-me que muitos conseguirão
distanciar-se da força.
Dias antes do primeiro combate
entre forças conselheiristas e a quarta expedição, a 21 de junho de 1897,
escreve Manoel Menezes ao Barão, mandando as últimas notícias da movimentação
das tropas legais:
Ontem teve de seguir em procura de Canudos. A
1ª seguiu hontem as 1ª horas da manhã e a 2ª já havia seguido anteriormente.
Hoje ou amanhã deve seguir o 3ª72 corpo de Policia. Só faltaram seguir as munições,
que não ha de ter demora, porque o general deixou-se pagando se em arrouba e
por légua. Tanto o Oscar como o Barbosa também seguiram. Portanto d’aqui até o
fim do mês corrente deveremos ter combate em Canudos. Desprezaram as estradas
até agora seguidas e mandaram abrir uma que d’aqui vai onde o Dedé mora e que
já foi do finado Manuel Geminiano da Silva e chama-se Caldeirão e d’ahi vai em
seguida até o Aracaty.
Em
outubro de 1897 Canudos cai, o exército brasileiro arrasa o arraial, inúmeras
vidas são perdidas. Estava acabada a guerra de Canudos e a elite local
celebrava a derrota dos conselheiristas. No dia 15 de outubro José Américo
escreve:
Caro Primo Compadre e amigo Barão
Serra 15
de outubro de 1897.
Peço-lhe, e dou minhas alviçaras pela morte do
monstro horroroso do Brasil Antônio Maciel; assim como dos seus maiores
confidentes, Macambira, Norberto, Manuel Francisco que levaram com o monstro 3
dias esperando sua reçucitação, desenganados deram sepultura em uma rasa cova
deitando 4 imagens 2 nos ombros uma na cabeça e outra nos pés, cobrindo com um couro e deitando pouca terra,
saindo com a barriga arrastando pelo chão o Manuel Franco, e fugindo, e
ficando, Macambira e Norberto no covil por estarem baleados 20 e ali morreram.
Na
mesma correspondência, relata a violação da sepultura do Conselheiro e a
decapitação do corpo:
[...] depois de oito dias que tomaram tudo foi
que souberam onde a cova do monstro por declarar um jagunço, sendo desenterrado
já em estado de não puderem aguentar, tirando o retrato do 23 monstro de
camisola, alpargatas, e enterrando, depois deliberaram a mandar cortar a cabeça
para levarem.
Na
sequência, reporta os degolamentos dos capturados pelo exército: “Houve para
mais de duzentos degolados de 2 para 3 dias seguindo”. E finaliza a carta
revelando a preocupação com a retirada das tropas:
Ao Estado!! que devia era tudo ser argolado;
mas assim não quer o tal marechal que diz retirar todas as forças deixando o
sertão contaminado com mais de 2 a 3 mil jagunços; das tocas as caatingas do
Rosario, Alagoas, Golozo, Duas - Serra, Macassará, até o Tucano cheio. Só no
Cumbe em um dia passaram 60 e tantos, por aqui tem passado muitas e tem pegado
alguns indo para Monte Santo. Considero que agora vamos em perigo porque eles
se reunirão em grupos para roubar. Já escrevi 2 vezes ao tal Ministro em vista do
Oscar mandar-me dizer que oficiava ao tal Marechal para ele dar-me força para
desalojar a jagunçada de Massacará até Buracos, e as caatingas de Bom Jardim,
respondeu-me o tal Ministro depois de muitas instancias mesmo dizendo-me que
não podia dar força que retirava todas para seus Estado que o Governo do Estado
que dê desse providencias [...] Os jagunços estão se reunindo nas catingas, e
dizendo que o infeliz tem| de ressuscitar para vir mostrar que é Deus já vi por
tanto| que o fanatismo ainda não se acabou destes malvados, e ficando sem serem
perseguidos nestes pontos onde estão muito pior.
Canudos foi, talvez, o mais
eloquente exemplo do poder das forças coercitivas do estado brasileiro,
sertanejos pobres e maltrapilhos liderados por um beato passaram de repente a
representar um perigo para o status quo e sofreram as consequências de
quem desafia a ordem constituída. As ruínas da antiga Canudos hoje jazem abaixo
das águas do açude de Cocorobó, mas as evidências históricas não permitem que
se esqueça do que se passou naquele pedaço de sertão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Corpus eletrônico Documentos
do Sertão.
[1] Moisés
Santos Reis Amaral é gradado em História pela UNIAGES, pós-graduado em História
e Cultura Afro-brasileira e Mestre em Ensino de História pela Universidade
Federal de Sergipe (UFS).
[2]
Cumbe era como se chamava o atual município de Euclides da Cunha, Bahia.
[3]
Marcelino Pereira de Miranda nasceu em Tucano, Bahia em 6 de abril de 1837,
tinha a patente de Tenente Coronel da Guarda Nacional e exerceu, entre outras
funções, o cargo de delegado de Tucano.
[4]
Domingos Victor de Jesus era vaqueiro na fazenda São José, uma das inúmeras
propriedades rurais pertencentes ao Barão no Sertão.
[5]
José de Farias Góis vivia em Itapicuru, Bahia, na época do conflito, era
proprietário rural e ocupou cargos de Tabelião e Escrivão em diferentes cidades.
[6] Manoel de Souza Menezes, vivia em Itapicuru na época do conflito, possuía a patente de Tenente Coronel da Guarda Nacional, era professor de formação e foi intendente de Patrocínio do Coité, atual município de Paripiranga, Bahia.
Moisés Reis, Professor há 22 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira pela UNIASSELVI, Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual Didático do Professor de História, O Nazista, Fátima: Traços da sua Histórias, O Embaixador da Paz, Maria Preta: Escravismo no sertão baiano, e da HQ Histórias do Cangaço e do documentário Identidade Fatimense.
Contato |
|
Fone |
75 – 99742891 |
E-
mail. |
moisessantosra@gmail.com |
Nenhum comentário:
Postar um comentário