O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

CANUDOS: NOTÍCIAS DA GUERRA PARA O BARÃO DE JEREMOABO.


 MOISÉS SANTOS REIS AMARAL[1]

 

 

Resumo:

 

Desde 1894, praticamente três anos antes da Guerra de Canudos, o sertão andava inquieto com as notícias do beato e seu crescente número de seguidores. Nas cartas analisadas para este trabalho, é possível notar a intranquilidade dos grandes latifundiários e o medo de um conflito armado de grandes proporções. Através das missivas, Cícero Dantas Martins, o Barão de Jeremoabo, era informado sobre as movimentações de tropas legais e recebia as alardeadas notícias dos fracassos das três primeiras expedições. Como o grande latifundiário dos sertões da Bahia e de Sergipe, o Barão contava com uma promissora rede de informações que são objeto de estudo desse artigo. Nesse trabalho, analiso a circulação dessas notícias por meio de cartas e o impacto que cada missiva tinha no ceio da elite agrária local.

 

 

Abstract:

 

Since 1894, practically three years before the War of Canudos, the backlands were restless with the news of the blessed and his growing number of followers. In the letters analyzed for this work, it is possible to note the concern of large landowners and the fear of a major armed conflict. Through the missives, Cícero Dantas Martins, the Baron of Jeremoabo, was informed about the movements of legal troops and received the vaunted news of the failures of the first three expeditions. As the large landowner of the backlands of Bahia and Sergipe, the Barão had a promising network of information that is the object of study in this article.

 

 

1-    PRELÚDIO DE GUERRA DA GUERRA:

 

O clima no sertão no início de 1896 era tenso, afinal, já havia se passado quase três anos da fundação de Belo Monte. Naquele momento, enquanto o arraial de Canudos crescia com a chegada de levas de sertanejos esperançosos de uma vida menos sofrida, a elite rural local se incomodava com as movimentações dos conselheiristas e se encarregavam de pintar os canudenses com as piores cores. Nos povoados, o medo imperava.

Era 2 de janeiro de 1896, pouco após os festejos de ano novo, quando José Américo escreve ao Barão. Na missiva, afirma inconformado: “Conselheiro é o rei dessa terra sem lei”. Na mesma correspondência, reporta gente pedindo esmola pelas vilas e reporta o primeiro boato dessa série de cartas que trata dos inúmeros boatos que insinuavam invasões e depredações dos conselheiristas nos arruados vizinhos.

José Américo de Souza Velho dizia não ser brasileiro, quanto a isso, sabe-se que seu avô paterno era português e chegou ao Cumbe[2] em 1737. Era proprietário da fazenda ilha, no atual território limítrofe entre Euclides da Cunha e Cícero Dantas. Foi um dos mais dedicados opositores aos conselheiristas e ao perigo do movimento para a ordem local, conforme depreende-se desse trecho de uma carta escrita ao Barão em 28 de fevereiro de 1894:

 

Temos muito breve de ver este sertão confiscado por ele e seu povo; pois está com mais de 16 mil pessoas, povo este miserável (tudo que foi escravo, tudo que é criminoso de toda província): não tendo uma só criatura que está seja humana, e ele impondo as leis; criando exército de soldados; e fazendo tudo que lhe vem a vontade.

 

          É evidente a animosidade do remetente com os conselheiristas e é possível que alguns dados informados tenham sido super alimentado, a fim de criar nos desafetos uma imagem socialmente condenável.  Na mesma correspondência reclama da falta de ação do governo para com as movimentações dos conselheiristas, alega que o clima formado no sertão é terrível e reporta fazendas abandonadas e falta de trabalhadores. Como se sabe, essa arregimentação de trabalhadores em potencial por parte do Conselheiro foi um dos principais problemas enfrentados pelos grandes latifundiários no que se refere ao arraial de Belo Monte.

          Ainda nesse clima de animosidades, Antônio Ferreira de Brito, prefeito de Ribeira do Pombal, escreva ao Barão a 10 de fevereiro de 1894, informando de saques cometidos por conselheiristas na cidade: “Ontem fomos surpreendidos com a aparição de 17 sicários do Antônio Conselheiro, armados até os dentes, demoraram pouco e seguiram para os lados daí; aqui chegando, soube terem dormido na Várzea Salgada, onde moram meus sobrinhos”. E em seguida arremata demonstrando a temeridade da elite local: “Principiam as correrias, em breve os roubos e desrespeito as autoridades; e como repelir-se!!! com um só praça que tem no Pombal!”.

          No que se refere aos relatos de iminência de um conflito entre o Estado Brasileiro e Canudos, a aristocracia rural local tinha toda a razão. Como é notório na historiografia, as tensões foram aumentando até irromper em um conflito de grandes proporções e enorme flagelo humanitário.

          Com o desenrolar do conflito, os amigos e correligionários do Barão continuam a informá-lo dos acontecimentos. Em 21 de novembro de 1896, irrompe a batalha de Uauá, o primeiro combate entre conselheiristas e os homens do exército, composto exclusivamente por soldados do batalhão da Bahia. No confronto, as tropas legais são derrotadas, para grande surpresa dos locais.

          Seis dias depois, em 27 de novembro, Marcelino Pereira de Miranda[3] escreve ao Barão: “Notícias do Conselheiro horrorosas. Além da Batalha havida no Uauá onde morreram (por diversas contas) 112 do Conselheiro e 9 praças do Governo”.

          Nessa mesma missiva, Marcelino Pereira faz um panorama de todos os ocorridos e alega estar Antônio Conselheiro aumentando o seu exército ao mesmo tempo em que ameaça, segundo suas informações, massacrar todos os republicanos e acusa o Conselheiro de mandar trucidar a família de Antônio da Motta. Segue trecho: “O Conselheiro mandou trucidar a infeliz família de Antônio da Motta não deixando vivo nem um, pois, o último foi assassinado aos pés dele Conselheiro!”

          A batalha de Uauá parece ter sido motivo de grande admiração em toda a sociedade. Pelo que consta, foi esse o assunto mais comentado da região, ao menos até o próximo encontro entre as partes conflitantes. No dia 5 de dezembro de 1896 Domingos Victor de Jesus[4], escreve ao Barão, ainda falando das consequências desse conflito em Uauá:

 

[...] sucedeu no Uauá no dia 21 do próximo passado o que Vossa Excelência já deve ter sabido, o depois do alarme feito fui ver mesmo para contar de vista contei no pátrio da rua do lado do Conselheiro 74 fora os que estavam por fora mortos e baleados creio que segundo o que dizem morreu mais de cem, os soldados, dizem que morreram 10 e voltaram alguns feridos, as casas de negócio foram queimadas enfim foi uma derrota e depois consta-me que condenam os moradores do lugar que foram falsos os soldados o que acho injusto.

         

Esse depoimento é especial, por ser de alguém que diz ter ido pessoalmente à vila e presenciado uma cena terrível, de corpos espalhados pela rua. Na sequência, reporta os boatos que circulavam ágeis sobre os conselheiristas:

 

[...] consta também que nesta outra batalha se o governo for feliz, manda acaba com os moradores do Uauá depois do acontecido aqui. também houve 5 mortes no Canudos uns com os outros. na ocasião do fogo no árebalde de 5 léguas não ficou gente em casa nestes meios o por aqui só não saiu eu. com esta notícia os que voltaram para casa estão de novo saindo e uma revolução morosa. Eu pude sair quando me vi apertado no contrário não.

 

          Em janeiro de 1897, o Barão continua sendo informado acerca das movimentações de tropas. No dia 2, José de Góis[5] escreve de Acaru: “A força de linha chegou na Vila no dia 29, comandada pelo Major Febrônio de Britto”.

          Na mesma missiva, entre temas ligados às eleições, critica a estratégia utilizada pelas forças em Uauá. De acordo com o seu entendimento:

 

Foi um verdadeiro desastre o Governo mandar somente 100 praças contra o Conselheiro, porque n’essa data se vem 400 bem municiados teriam dado cabo d’elle, pois tinha por fora mais de um terço de seus batalhadores, agora reuniu muito mais tem fortificado as entradas.

 

          Na sequência, faz uma descrição de conhecedor da terra, acerca das emboscadas e do terreno:

 

[...] depois o terreno é todo cheio de grutas e montes, não podendo a força abrir alas e estender linhas de batalha com promptidão, para bate-los pela retaguarda, tendo somente que arrojar-se de frente, dentro é melhor, mas as trincheiras são todas em distância de légua o duas. A força vem bem municiada traz 200 mil cartuchos, peças de tiros rápidos; mas deve prevenir-se de uma surpresa, pois eles, conhecem. conhecendo a desigualdade de suas armas e falta de munição, tentam surpreender a força a ferro frio, embora o morticínio seja enorme, mas o fanatismo a tudo os arrasta, e a mania e orgulho do Conselheiro é descomunal.

        

Em seguida, afirma ter alertado os pares em outras ocasiões a respeito da rebelião que se anunciava com as peregrinações dos conselheiristas, oferecendo ao leitor um vislumbre do que pensava a elite política da época, ao tempo em que fala da personalidade do Conselheiro segundo sua ótica:

 

Deve se recordar quando lhe escrevi no tempo do desgoverno do Sr. Rodrigues Lima, de eterna memoria, sobre a questão Masseté onde dizia eu que o Governo não abafava logo esta revolta no começo, depois se enraizaria, outras iriam sucedendo-lhe, depois o Governo encontraria serias dificuldades para debela-las; mas assim o quiseram, de tudo formaram a politicagem, e hoje o infeliz povo que pague o parto – do dispêndio, saque incêndio assassinatos etc. O Uauá, que prosperava, ficou arrasado. o Conselheiro por outro lado já demoliu mais de cem casas, currais, cercados etc. incendiando a muitos. Não sabemos onde irá parar isto, pois de momento, o Santo pode mudar de plano. Ele não é o homem que muitos julgavam de maníaco e inofensivo; é vaidoso aventureiro, que tratou de fanatizar aos ignorantes, e muita gente boa se iludia com ele [...] As casas de Canudos e Cocorobó, foram demolidas, e dizem os demolidores que até dez léguas o farão, e que esses bens ficam pertencendo ao bom Jesus dos Canudos, sendo João Abbade o procurador. Desenganado dos milagres, tenta animar com o roubo!

 

          Havia muita expectativa entorno da terceira expedição, era a ação mais efetiva por parte dos militares Florianistas do Rio de Janeiro. Moreira César, considerado um herói de guerra pela repressão duríssima em Santa Catarina fora escalado para comandar a ação que arrasaria Canudos sem muito esforço.

          Acerca da partida do comandante de Salvador rumo ao sertão, o primo do Barão, residente na capital escreve: “No domingo seguiu o Moreira Cezar para Queimadas, indo assistir o seu embarque “o governador” que tem se rebaixado ao último furo, com medo do Moreira Cezar; ontem seguiu o resto do 9º batalhão”

          O “Corta Cabeça” chegava ao sertão com uma reputação monstruosa, tanto políticos cariocas, como a imprensa e principalmente a elite local, tinha plena certeza de que o conflito acabaria no princípio de março de 1897.

          Assim como era grande a expectativa no entorno da expedição, as notícias das mortes de Moreira César e do Coronel Tamarindo caíram como uma bomba para a elite local. No dia 19 de março de 1897, o compadre do Barão, Marcelino Pereira de Miranda, escreve de Tucano. A correspondência inicia com a famigerada precipitação do comandante de não dar descanso à tropa e invadir Canudos assim que chegaram. Reportando conversa anterior com o Vigário Sabino do Massacará, escreve: “Disse-me que foi temeridade do Cézar entrar em Canudos sem discando da força, e que ele bem o avisou de tudo, quando com ele seguia”.

          Na sequência, faz um saldo das baixas durante a batalha e descreve o que teria sido uma represália dos conselheiristas à vila do Cumbe, atual município de Euclides da Cunha, Bahia:

 

Os jagunços vieram ao Cumbe em número de 30 e tantos, em procura dos Soldados. ahi não achando-os foram a casa do Antoninho e derribarão aporta onde furarão com 17 balas, e diversas janelas danificaram a casa. Se dirigiram ao armazém onde estavam os viveres do Governo, puxarão para rua, e puseram fogo, que ainda continua a arder, muita farinha, milho, feijão, sacas de café, e tudo mais. Foram na Fazenda Araçás do Dedé, aí deitaram fogo na casa e cercas, e soltarão cento e tantos rezes do Governo e procuravam José Americo Arsênio e Antoninho; este está refugiado aqui na Tabua, até ontem; Arsênio seguiu para Jacobina José Americo aqui passou quase louco, e está na Serrinha com o Dr. Americo. N’este momento soube que o Arsênio ainda está no riacho. A morte do Leonel é falsa; sofreu o susto, e o prejuízo, que queimarão-lhe a casa e o que dentro continha; ele e a família ganhou a catinga, o alferes não foi para Bahia, esteve fora duas noites, por aviso de Jose Americo que vinha no dia 10 a 11, três mil bandidos arrasar tudo por aqui, de maneiras que aqui não ficou ninguém; porém um dia depois soube-se o contrário, estamos tudo e todos voltando e na expectativa de piores assaltos. No Monte Santo consta que o arraso que há, foi da tropa corrida.

 

Cinco dias após o desastre da terceira expedição, no dia 7 de março, de Monte Santo, escreve Manoel Menezes[6], com notícias estarrecedoras: “De anteontem para cá que só se vê entrar oficiais e soldados feridos e estropiados”.

 

Após a humilhante derrota repercutir fortemente no Rio de Janeiro, o governo resolve organizar outra expedição, mais bem armada e com maior contingente. Sob o comando do General Arthur Oscar, a expedição de 4 mil soldados é organizada em duas colunas, uma liderada pelo General João Batista Barbosa e a outra pelo General Savaget.

No dia 6, de Monte Santo, Manoel Menezes escreve ao Barão, informando das movimentações da quarta expedição:

 

 

O general Oscar, depois que aqui chegou vindo de Queimadas foi com espaço de poucos dias ao Cumbe, quando voltou foi a Queimadas, e depois desse último regresso de novo foi ao Cumbe; para alli e Massacará tem estado em idas e voltas diversos batalhões, ficando de guarnição o general Flores com a 3ª brigada e lá, conforme já lhe participei aprehendeiro diversas cargas de viveres que conduziam para os santinhos. A 1ª brigada que alli tambem foi em virtude de boatos espalhados que o homem ia enviar grande reforço para bate-los, deve aqui chegar amanhã- Não sei o que fizeram dos aprehendidos nem fixamente o seu número, porque pouco tenho indagado mas, consta-me que muitos conseguirão distanciar-se da força.

 

Dias antes do primeiro combate entre forças conselheiristas e a quarta expedição, a 21 de junho de 1897, escreve Manoel Menezes ao Barão, mandando as últimas notícias da movimentação das tropas legais:

 

Ontem teve de seguir em procura de Canudos. A 1ª seguiu hontem as 1ª horas da manhã e a 2ª já havia seguido anteriormente. Hoje ou amanhã deve seguir o 3ª72 corpo de Policia. Só faltaram seguir as munições, que não ha de ter demora, porque o general deixou-se pagando se em arrouba e por légua. Tanto o Oscar como o Barbosa também seguiram. Portanto d’aqui até o fim do mês corrente deveremos ter combate em Canudos. Desprezaram as estradas até agora seguidas e mandaram abrir uma que d’aqui vai onde o Dedé mora e que já foi do finado Manuel Geminiano da Silva e chama-se Caldeirão e d’ahi vai em seguida até o Aracaty.

 

 

Em outubro de 1897 Canudos cai, o exército brasileiro arrasa o arraial, inúmeras vidas são perdidas. Estava acabada a guerra de Canudos e a elite local celebrava a derrota dos conselheiristas. No dia 15 de outubro José Américo escreve:

 

Caro Primo Compadre e amigo Barão

 

 Serra 15 de outubro de 1897.

 

Peço-lhe, e dou minhas alviçaras pela morte do monstro horroroso do Brasil Antônio Maciel; assim como dos seus maiores confidentes, Macambira, Norberto, Manuel Francisco que levaram com o monstro 3 dias esperando sua reçucitação, desenganados deram sepultura em uma rasa cova deitando 4 imagens 2 nos ombros uma na cabeça e outra nos pés,  cobrindo com um couro e deitando pouca terra, saindo com a barriga arrastando pelo chão o Manuel Franco, e fugindo, e ficando, Macambira e Norberto no covil por estarem baleados 20 e ali morreram.

 

 

Na mesma correspondência, relata a violação da sepultura do Conselheiro e a decapitação do corpo:

 

[...] depois de oito dias que tomaram tudo foi que souberam onde a cova do monstro por declarar um jagunço, sendo desenterrado já em estado de não puderem aguentar, tirando o retrato do 23 monstro de camisola, alpargatas, e enterrando, depois deliberaram a mandar cortar a cabeça para levarem.

 

Na sequência, reporta os degolamentos dos capturados pelo exército: “Houve para mais de duzentos degolados de 2 para 3 dias seguindo”. E finaliza a carta revelando a preocupação com a retirada das tropas:

 

Ao Estado!! que devia era tudo ser argolado; mas assim não quer o tal marechal que diz retirar todas as forças deixando o sertão contaminado com mais de 2 a 3 mil jagunços; das tocas as caatingas do Rosario, Alagoas, Golozo, Duas - Serra, Macassará, até o Tucano cheio. Só no Cumbe em um dia passaram 60 e tantos, por aqui tem passado muitas e tem pegado alguns indo para Monte Santo. Considero que agora vamos em perigo porque eles se reunirão em grupos para roubar. Já escrevi 2 vezes ao tal Ministro em vista do Oscar mandar-me dizer que oficiava ao tal Marechal para ele dar-me força para desalojar a jagunçada de Massacará até Buracos, e as caatingas de Bom Jardim, respondeu-me o tal Ministro depois de muitas instancias mesmo dizendo-me que não podia dar força que retirava todas para seus Estado que o Governo do Estado que dê desse providencias [...] Os jagunços estão se reunindo nas catingas, e dizendo que o infeliz tem| de ressuscitar para vir mostrar que é Deus já vi por tanto| que o fanatismo ainda não se acabou destes malvados, e ficando sem serem perseguidos nestes pontos onde estão muito pior.

 

 

Canudos foi, talvez, o mais eloquente exemplo do poder das forças coercitivas do estado brasileiro, sertanejos pobres e maltrapilhos liderados por um beato passaram de repente a representar um perigo para o status quo e sofreram as consequências de quem desafia a ordem constituída. As ruínas da antiga Canudos hoje jazem abaixo das águas do açude de Cocorobó, mas as evidências históricas não permitem que se esqueça do que se passou naquele pedaço de sertão.   

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

Corpus eletrônico Documentos do Sertão.



[1] Moisés Santos Reis Amaral é gradado em História pela UNIAGES, pós-graduado em História e Cultura Afro-brasileira e Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).

[2] Cumbe era como se chamava o atual município de Euclides da Cunha, Bahia.

[3] Marcelino Pereira de Miranda nasceu em Tucano, Bahia em 6 de abril de 1837, tinha a patente de Tenente Coronel da Guarda Nacional e exerceu, entre outras funções, o cargo de delegado de Tucano.

[4] Domingos Victor de Jesus era vaqueiro na fazenda São José, uma das inúmeras propriedades rurais pertencentes ao Barão no Sertão.

[5] José de Farias Góis vivia em Itapicuru, Bahia, na época do conflito, era proprietário rural e ocupou cargos de Tabelião e Escrivão em diferentes cidades.

[6] Manoel de Souza Menezes, vivia em Itapicuru na época do conflito, possuía a patente de Tenente Coronel da Guarda Nacional, era professor de formação e foi intendente de Patrocínio do Coité, atual município de Paripiranga, Bahia.


Moisés Reis, Professor há 22 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira pela UNIASSELVI, Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual Didático do Professor de História, O Nazista, Fátima: Traços da sua Histórias, O Embaixador da Paz, Maria Preta: Escravismo no sertão baiano, e da HQ Histórias do Cangaço e do documentário Identidade Fatimense.

 

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