O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

terça-feira, 29 de março de 2022

Os nomes das praças e avenidas de Fátima.

 

O ano é 1987 e Fátima dá seus primeiros passos como município autônomo. Naquele ano, o prefeito João Maria de Oliveira e os vereadores eleitos tomavam as primeiras medidas para fazer o novo município “andar com as próprias pernas”.

            Umas dessas ações se deu no dia 23 de setembro de 1987. Nesse dia, a Câmara Municipal de Vereadores votou o projeto de lei N° 14 que autorizava o executivo a nomear as Praças, Ruas e Avenidas da jovem cidade. Era uma medida administrativa que, como dito, visava fazer a máquina pública funcionar.

            Desse projeto de lei, surgiram vários nomes de ruas, sugeridas pelos próprios membros da gestão. Um exemplo disso foram as sugestões do Ex-prefeito Eduardo Pires, na época chefe de gabinete, que sugeriu os nomes do Largo da Santa Amélia e Largo da Piedade. De acordo com o próprio Eduardo, o Largo da Piedade (em frente à Bomba) foi pensado baseado no sofrimento das mães que penavam ao sol nas longas filas para pegar água na Bomba.

            Outros “batismos” de ruas e avenidas também surgiram naquela ocasião, como: Praça Ângelo Lagoa, Rua Mundo Novo, Rua São Francisco De Assis, Rua Bela Vista, Avenida Tancredo Neves (hoje Av. João Maria de Oliveira), Rua João Lucino (Hoje Rua Liberino Vicente, em homenagem ao ex-volante fatimense), Rua Martinha Gabriel, Rua Lage da Boa Vista, Rua Ludugério Félix (Homenagem ao pai do então prefeito), Avenida Nossa Senhora de Fátima, Avenida Sete de Setembro, Rua Maria Preta, Avenida Castro Alves, Rua Joana Angélica, Praça Rui Barbosa e Avenida dos Borges.

            Esse último, de acordo com Eduardo Pires, gerou certa polêmica. Foi ideia de João Maria o nome Av. Dos Borges, o que incomodou o vereador Carlinhos de Alfredo que desejava batizar a avenida com o nome de alguém da família Borges e não se agradou do nome Av. Dos Borges. Consta que, ao saber da resistência do vereador o prefeito foi bravo até a câmara e, uma vez lá, não encontrou mais qualquer oposição e a avenida foi mesmo batizada com o nome “sugerido” pelo prefeito.  

 



Moisés Santos Reis Amaral, Professor há 20 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do Cangaço.

 

Contato

Fone

75 – 99931 3322

E- mail.

moisessantosra@gmail.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário