No último
dia 27 de outubro, publiquei aqui no Blog História de Fátima os últimos
levantamento da pesquisa que visa desvendar em quais circunstâncias se deu a construção
da primeira capela onde hoje se situa a igreja matriz de Fátima.
É sabido,
partindo dos relatos do Monsenhor José Magalhães e Sousa, que a capela existe,
pelo menos, desde 1933, ano em que o religioso, titular da paróquia de Jeremoabo
registrou ter celebrado missa, quando Fátima ainda se chamava Montalegre.
Sabendo
que o Monsenhor José Magalhães substituiu o padre Vicente Martins após o
falecimento desse último, estou confortável em afirmar estar quase certo que a
capela primordial foi erguida durante o paroquiar do Padre Vicente Martins. Explico:
Como já
relatado aqui no Blog anteriormente, o padre Vicente assume a paróquia de Nossa
Senhora do Bom Conselho ainda no final do século XIX, mais precisamente em 14
de junho de 1883. Por essa época, apenas algumas fazendas (como a fazenda Maria
Preta) existiam por aqui, sendo o povoamento inicial da atual praça Ângelo Lagoa
datado de princípios dos anos 1920. Dito isso, é possível estabelecer, de
acordo com esse raciocínio, que a capela foi erguida nesse espaço de tempo
(entre 1920 e 1935).
Infelizmente,
a documentação que comprovaria essa tese, não se encontra na igreja de Cícero
Dantas. Essa, se existir, está armazenada nos arquivos da paróquia de Senhor do
Bomfim-BA, antiga diocese que respondia por essa região.
A existência
dessa documentação é incerta, os Livros Tombo do paroquiar do Padre Vicente
Martins (1883-1933) não são conhecidos. Em outras palavras, não há evidências
de que o padre tenha realizado as devidas anotações do seu trabalho como pároco
em Cícero Dantas e se o fez, o livro pode ter se perdido.
Isto posto,
é preciso lembrar de algo demasiadamente importante na história da Igreja
Matriz de São Francisco De Assis. Com o estabelecimento dessas datas aqui
discutidas, é possível deduzir que a igreja de Fátima está prestes a completar
100 anos, uma data que, convenhamos, deveria ser celebrada pelos fiéis.
Moisés Santos Reis Amaral,
Professor há 19 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela
Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do
Cangaço.
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