Foto cedida por Juan K. Menezes. |
O atual município de Fátima,
originou-se a partir da cisão do município de Cícero Dantas em 1986. Esse nome,
contudo, é apenas um entre os 7 nomes populares pelos quais esse torrão foi conhecido
ao longo dos anos e é sobre isso que falaremos hoje.
Em 1916, dois pesquisadores cicerodantenses, Bernardino
Souza e João Mendes da Silva, se propuseram a fazer um extenso levantamento
acerca dos aspectos históricos e geográficos do município. Entre os detalhes
abordados por eles no trabalho (que se encontra no acervo do Instituto Histórico
e Geográfico da Bahia), estão os acidentes geográficos do então município de
Cícero Dantas e entre os morros e vales relatados está a Serra do Mocó, essa
mesma que atualmente abriga as torres de telefonia da atual cidade de Fátima.
Ao que consta, naquela época, 102 anos atrás, essa área
pertencia à fazenda Boa Vista, vizinha da Fazenda Maria Preta, de propriedade da
família Correia (ancestrais do conhecido Correinha da Zabumba). A Boa Vista foi
adquirida por volta de 1910, por Ângelo Lagoa, que vinha da região próxima
à Heliópolis para se estabelecer por aqui.
Provavelmente, por essa época, em virtude da denominada serra,
toda o pequeno povoamento que se originou na atual Praça Ângelo Lagoa e adjacências
ficou conhecido como MOCÓ. Em 1935, Ângelo Lagoa consegue fundar uma pequena
feira naquela Praça e a localidade passa a ser conhecida como FEIRINHA DO MOCÓ,
o que era somente uma junção entre o nome local e o evento da feira livre sob a
sombra de um barracão.
Mas o nome Feirinha do Mocó, ou simplesmente FEIRINHA,
não durou por muito tempo, pois, naquele mesmo ano de 1935, mais precisamente
no dia 29 de outubro, o Monsenhor José de Magalhães e Souza celebra uma missa por
aqui e resolve rebatizar a localidade de MONTALEGRE ou MONTE ALEGRE.
Esse nome perdurou até os anos 1940 quando os registros
mostram que o povoado passa a ser chamado de MONTE ALVERNE. Essa denominação foi mais uma iniciativa do Padre Renato que registro no livro de tombo (página 112) a autoria do nome. Além disso, também foi do Padre Renato Galvão a ideia da mudança de Monte Alverne Para VILA
DE FÁTIMA, isso já em 1956, quando o próprio Padre Renato alega ter sido ele a providenciar um decreto municipal para a mudança de nome.
Vila de Fátima constituiu o maior povoado de Cícero
Dantas até a emancipação em 1986, quando passou, finalmente, a se chamar
FÁTIMA.
Moisés Santos Reis Amaral,
Professor há 20 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela
Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do
Cangaço.
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