Fonte: Blog do Mendes. |
Bernardino Rocha era natural
de Poço Redondo -Se, região próxima à Canindé de São Francisco. A cidade de
Poço Redondo, inclusive, tem profundas ligações com a história do cangaço,
sendo aquela terra o destino final de Lampião, Maria Bonita e mais nove cabras,
além de ser a terra natal de, ao menos, trinta outros cangaceiros.
No cangaço, Bernardino Rocha ganhou a alcunha de Canário.
Homem ríspido e arisco, foi um dos mais fiéis seguidores de Lampião, chegou a
ser chefe de subgrupo. O seu fim se deu pelas mãos de um dos seus companheiros,
primo irmão de sua mulher Adília, em Coruripe. Em setembro de 1938, menos de
dois meses após a morte de Lampião, os cangaceiros passaram por um processo de
complexo. Sem um líder carismático como foi Virgulino, os bandos começaram a se
dissolver e uma prática que, pode-se dizer, se tornou comum, foi o assassinato
de um cangaceiro por um companheiro em busca de um salvo conduto. Muitos bandoleiros mataram seus parceiros de crimes,
cortaram a cabeça e a usaram como moeda de troca com a polícia. No dia 6 de
setembro de 1938, o cangaceiro Penedinho, pois em prática o plano de matar
canário, aguardou o momento oportuno e fulminou o companheiro a golpes de punhal. É aí que a história de Canário pode ligar-se com a
história de Fátima. Ao matar o companheiro, Penedinho se entrega à polícia. Ao
saber do acontecido Zé Rufino, comandante do fatimense Liberino Vicente reúne a
força policial e se dirige até o local a fim de verificar a veracidade dos
fatos. Ao chegar ao local, verificou-se que o cachorro do
cangaceiro se mantinha ao lado do corpo do dono protegendo-o. consta que um dos
soldados prontamente sacou seu fuzil e assassinou o animal. A morte de canário
foi confirmada pela força de Zé Rufino. Ainda não é possível definir quais combates específicos
tiveram a presença do fatimense Liberino. Infelizmente a família guarda poucas
evidências do período em que ele serviu à polícia baiana. Tais informações serão
posteriormente buscadas no arquivo da PM-BA. |
Moisés Santos Reis Amaral,
Professor há 20 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela
Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do
Cangaço.
Contato |
|
Fone |
75 –
99931 3322 |
E-
mail. |
moisessantosra@gmail.com |
Nenhum comentário:
Postar um comentário