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A Barriguda é uma propriedade rural
antiga que ainda hoje conserva o mesmo nome, seus limites com a vizinha fazenda
Maria Preta eram (e em grande medida ainda são) o riacho que corre entre as
duas, trata-se do Rio Velho, que deságua no açude de Adustina. No fim dos anos
1800, Severo Correia de Souza, dono da Maria Preta, ordenou que seus escravos
mudassem o curso do rio para beneficiar a si próprio. Consta que Severo
orientou os seus cativos a corrigir o sinuoso curso do córrego que só ficava
cheio com as enxurradas. Fazendo das curvas retas, Severo foi ganhando terras
da propriedade vizinha. Consta que tal ação gerou muitos litígios entre os proprietários. Com a morte do Barão, em 1903, a fazenda
passou ao seu filho mais velho, João da Costa Pinto Dantas e com a morte desse,
em 1940, aos seus filhos Adelaide e Arthur da Costa Pinto Dantas. Foram esses
dois descendentes de Cícero Dantas Martins, o Barão de Jeremoabo, que desmembraram
essa e outras propriedades, vendendo a outras famílias locais. A exemplo das propriedades vizinhas, a
Barriguda tinha como principal atividade econômica, a criação de gado e
praticava a agricultura de subsistência com produtos como o feijão, o milho e outros
e é possível que também tenha produzido algodão entre o final do século XIX e
as primeiras décadas do século XX. A pequena produção de algodão dessa área era
encaminhada no lombo de animais para patrocínio do Coité, atual Paripiranga, e
de lá seguia para a estação de Salgado, de onde seguia para o litoral e de lá,
por mar, chegava a Europa e EUA. |
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