O foco desse blog é a pesquisa da história do Sertão baiano.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Fazenda Barriguda, Fátima - BA

 

Fonte: Pinterest



A Barriguda é uma propriedade rural antiga que ainda hoje conserva o mesmo nome, seus limites com a vizinha fazenda Maria Preta eram (e em grande medida ainda são) o riacho que corre entre as duas, trata-se do Rio Velho, que deságua no açude de Adustina. No fim dos anos 1800, Severo Correia de Souza, dono da Maria Preta, ordenou que seus escravos mudassem o curso do rio para beneficiar a si próprio. Consta que Severo orientou os seus cativos a corrigir o sinuoso curso do córrego que só ficava cheio com as enxurradas. Fazendo das curvas retas, Severo foi ganhando terras da propriedade vizinha. Consta que tal ação gerou muitos litígios entre os proprietários.

Com a morte do Barão, em 1903, a fazenda passou ao seu filho mais velho, João da Costa Pinto Dantas e com a morte desse, em 1940, aos seus filhos Adelaide e Arthur da Costa Pinto Dantas. Foram esses dois descendentes de Cícero Dantas Martins, o Barão de Jeremoabo, que desmembraram essa e outras propriedades, vendendo a outras famílias locais.

A exemplo das propriedades vizinhas, a Barriguda tinha como principal atividade econômica, a criação de gado e praticava a agricultura de subsistência com produtos como o feijão, o milho e outros e é possível que também tenha produzido algodão entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX. A pequena produção de algodão dessa área era encaminhada no lombo de animais para patrocínio do Coité, atual Paripiranga, e de lá seguia para a estação de Salgado, de onde seguia para o litoral e de lá, por mar, chegava a Europa e EUA.


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