Imagem ilustrativa. |
Seu nome de batismo era Ângelo
José de Souza, de acordo com alguns descendentes (netos, Bisnetos, sobrinho
netos e outros), era um homem branco de olhos claros, com traços europeus. É possível
que fosse descendente direto de Holandeses. Há indícios ainda por serem melhor
estudados acerca da presença holandesa nessa região.
De acordo com a pesquisa genealógica, Ângelo Lagoa, como
era conhecido, teria nascido em 1856, em Heliópolis. Sobre sua mãe, sabe-se
apenas que tinha como primeiro nome Genoveva, um nome que, por sua vez,
tem origem do francês e significa “branca e suave”.
Por volta dos anos 1920, ele chegou a essa região. Adquiriu
uma propriedade de nome “Fazenda Boa Vista”, cujas terras se estendiam da atual
praça da igreja, descendo em direção à praça Ângelo Lagoa, na direção da
estrada que hoje liga Fátima a Heliópolis. No registro de terras do município
de Cícero Dantas de 1857 a 1859, há pelo menos 7 propriedades com o nome “Boa
Vista”, sendo, portanto, impossível afirmar de quem o patriarca da cidade
adquiriu a terra.
Casou-se
com Porfiria que era da família dos Canoa (família antiga nessa região, cuja
maioria se concentrava em fazendolas nas áreas das atuais localidades de Cantos
e Surjoa. O casal concebeu numerosa
família. Entre seus filhos estão: Emília Maria (Mila), João Sobrinho,
Francisco Virgílio (Chico de Ângelo), Antônio Virgílio (Totonho
Virgílio, delegado em Fátima e Heliópolis), Daltro Virgílio e Antão.
Ângelo José é considerado o fundador da cidade de Fátima,
pois foi em torno da primeira casa que construiu aqui, na atual Praça Ângelo
Lagoa, que foi se formando o pequeno povoamento que, anos depois, daria origem ao
município atual. Sua moradia ficava ao sopé da Serra do Mocó, onde hoje
estão as torres de telefonia da cidade. Ainda nos anos 1920, Ângelo foi à
Cícero Dantas pedir ao Coronel Chiquinho Vieira (1872 – 1949) apoio para
construir um pequeno barracão naquela praça a fim de realizar ali uma feira
livre.
Eram tempos difíceis, com estradas precárias, a seca e
cangaceiros que perambulavam por essas matas. Essa foi a principal razão para a
criação da feira que inicialmente ficou conhecida como “Feirinha do Mocó”, nome
pelo qual, o povoamento inicial passou a ser chamado.
O ano do seu falecimento, provavelmente foi 1955, ele
teria 94 anos. De acordo com relatos, a morte de Ângelo gerou grande comoção na
pequena localidade, que à época já se chamava Monte Alverne. Seus netos e
netas, hoje já idosos, relatam que o avô ficou dias acamado antes de falecer.
Esse texto foi produzido em
coautoria com J. Kléber Menezes.
Moisés Santos Reis Amaral,
Professor há 19 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela
Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do
Cangaço.
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Boa pesquisa ! Muito boa !
ResponderExcluirBoa pesquisa! Excelente texto!
ResponderExcluirMuito obrigado
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