Foto: Blog Lampião Aceso |
Como já abordado anteriormente aqui no Blog História
de Fátima, o monsenhor José de Magalhães e Souza, pároco de Jeremoabo, é o
responsável pelo registro mais antigo de uma missa aqui em Fátima.
José Magalhães, nasceu em Portugal a 19 de Outubro de 1885, chegou à paróquia de N. S do Bom Conselho em
1930, para auxiliar o Padre Vicente Martins que se encontrava muito doente. Dividiu seu tempo entre as paróquias de Bom Conselho e Jeremoabo até 1933. O
padre Vicente veio a falecer naquele mesmo ano (1933) e o Padre José Magalhães assume
a paróquia até a chegada do Padre Renato Galvão.
Nesse meio tempo, o Padre José Magalhães registra em seu
livro de Tombo a primeira missa de que se tem notícia por essas terras. No dia
30 de outubro de 1935 o religioso registra a sua passagem pelo lugarejo que ele
próprio batizou de Monte Alegre, nome que só mudaria com a chegada do Padre
Renato Galvão.
Esse registro é extremamente importante por marcar a
passagem do então vigário de Jeremoabo por Fátima. Um religioso com diversos
registros históricos pela região e que hoje empresta seu nome para uma escola e
uma avenida na cidade de Jeremoabo.
Monsenhor José Magalhães era Português e saiu de terras lusitanas
para assumir a paróquia de São João Batista de Jeremoabo nos anos 1920 e teve
papel de destaque nos movimentos finais do cangaço. Na foto acima, o
padre aparece ao centro, homem alto e de pela clara em meios aos caboclos
cangaceiros.
De acordo com informações apuradas no Blog Lampião Aceso,
a fotografia é de outubro de 1938, quando da entrega do bando cangaceiro Zé
Sereno. A descrição da fotografia está na imagem abaixo, cedida pelo
pesquisador Kiko Monteiro.
Foto: Acervo pessoal de Kiko Monteiro |
De acordo com os registros da
Paróquia de Jeremoabo, dois anos antes da referida fotografia, em 18 de abril
de 1936, o Monsenhor José Magalhães e Souza celebrou um casamento na igreja
Matriz de Jeremoabo. A noiva era Joana Maria de Oliveira, irmã da famosa
rainha do cangaço, Maria Bonita.
Esse mesmo religioso celebrou diversas missões por aqui,
quando ainda se chamava Feirinha do Mocó, nome que, como dito, foi mudado pelo
mesmo padre em 1935.
Moisés Santos Reis Amaral,
Professor há 19 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela
Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do
Cangaço.
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