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No
último dia 01 de dezembro de 2021, publiquei aqui no Blog os levantamentos
atuais sobre a vida de Ângelo Lagoa, o fundador de Fátima. Na oportunidade o
leitor ficou sabendo que a chegada de Ângelo José de Souza ao que antes
costumava ser a fazenda boa vista, é datada dos anos 1920.
Esse
evento marca a construção das primeiras casas na atual praça Ângelo Lagoa. A
partir da residência que hoje pertence à Cidinho de Zelitão, foram sendo
construídas outras casas de parentes e, logo em seguida, conhecidos foram
adquirindo nacos de terra ao redor, formando um quadrado em volta de um centro
vazia de chão batido, dentro do qual foi erguido o barracão que, já em 1935,
abrigaria a feirinha.
Muitos
moradores de Fátima ainda se referem à Praça Ângelo Lagoa como “Rua Velha”.
Essa denominação provavelmente se deu a partir do desenvolvimento da atual Av.
N. S de Fátima, que passou a ser chamada de “Rua Nova”.
Ao
longo dos anos os eventos que ocorriam na cidade tinham a praça como palco.
Circos, parques de diversão, as “Ondias” – Brinquedo de diversão primitivo, constituía-se
de uma grande roda de ferro e madeira que girava em torno de uma base fixa, as
primeiras “ondias” eram movidas pela força dos homens que nela trabalhavam, as
mais modernas, já nos anos 1990, eram movidas por um motor elétrico - e
conjuntos musicais se instalavam ali para deleite do público.
Em
1986, um palanque foi montado na Praça para celebrar a emancipação política. Já
no primeiro mandato de João Maria a praça recebeu calçamento e o Jardim da
independência, sua principal característica. O Jardim hoje tem ao centro o
busto de João Maria, idealizador da obra e primeiro prefeito da cidade.
De
acordo com o ex-prefeito Eduardo Pires, aliado de longa data de João,
Maria, já naquele mandato inicial, o então prefeito foi à Brasília buscar
recursos para a construção do jardim. A praça foi mudando ao longo dos anos,
passando por diversas reformas até chegar a configuração atual.
Aquela
primeira obra de estruturação da praça, deu a essa ares mais modernos. Além da
construção do Jardim e da pavimentação do seu entorno, o prefeito mandou fazer
uma calçada padronizada para todas as casas. Era uma estrutura única que
contornava toda a extensão da praça à frente das casas ali existentes. Parte
dessa calçada ainda pode ser observada.
Ainda
em alusão à emancipação política, João Maria passou a chama-la de “Praça
da Independência”, mas o nome não pegou e a praça ficou mesmo conhecida pelo nome
do seu fundador, cujas primeiras casas estão em vias de completar
100 anos de existência.
A nossa
cidade tem 36 anos de emancipação política, mas a história do nosso povo vai
muito além desse fato. A Praça Ângelo Lagoa, hoje uma calma área residencial da
cidade, se encontra mais bela do que nunca, com suas bonitas árvores e moradias
que misturam o moderno e o antigo, a harmonia de uma jovem senhora de quase 100
anos.
Moisés Santos Reis Amaral,
Professor há 19 anos do Município de Fátima, Licenciado em História pela
Uniages com especialização em História e Cultura Afro-brasileira, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História, O Nazista e da HQ Histórias do
Cangaço.
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