Fonte: Blog Lampião Aceso |
Em
abril de 1939, na fronteira entre Adustina e Coronel João Sá, chegava ao fim a trajetória
de Mariquinha, companheira de Labareda, nas fileiras do cangaço.
Segunda
mulher a entrar para o cangaço, logo após Maria Bonita, Maria Miguel da Silva,
natural de malhada da caiçara, zona rural de Paulo Afonso, era prima de Maria
Bonita e resolve acompanhar Ângelo Roque, o Labareda, em 1930.
Pequenininha
e de grande simpatia, viveu por nove anos com o desconfiado cangaceiro
Labareda. De acordo com o pesquisador João Filho de Paula Pessoa,
diferentemente da prima que acompanhou o rei do cangaço e viveu com ele a
glória dos encontros com coronéis e de possuir roupas luxuosos e joias, Mariquinha
segue o estilo de vida do companheiro.
Desconfiado
e recluso, Labareda prefere as brenhas da caatinga e evitava povoamentos
volumosos por longos períodos. Sempre em meios ao mato serrado, o grupo de
Labareda e sua companheira sobrevivem à perseguição da polícia, superando o
grupo principal de Lampião em longevidade, sendo o último grupo de cangaceiros
ativos da história do cangaço a se entregar em 1940 em Paripiranga.
Um ano
antes, contudo, em 1939, perto de Paripiranga, o grupo de Labareda é
surpreendido pela volante do nazareno Odilon Flor e após intenso combate, o
grupo sofre três baixas, as três cabeças que ilustram esse artigo – Marquinha,
Pé de Peba e Chofreu – que são abatidos em combate e têm as cabeças decepadas e
levadas para Paripiranga. Os corpos são enterrados no local e ainda hoje são
marcados por cruzes em meios ao mato daquela região. (ainda esse ano pretendo
ir até lá)
Em
vingança pela morte da companheira, Labareda cometeu assassinatos na área, os filhos
de Josefa Bispo, acusada de delatar o paradeiro dos cangaceiros, Olegário,
Antônio e Constâncio.
Essa história é parte do enredo da HQ Histórias do Cangaço.
Fontes:
Blog do Mendes e Blog Lampião Aceso.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBom dia! Este local fica à Margem direita do Rio Vaza Barris, hoje municípios de Sítio do Quinto. Quando estive lá só existia ruínas de uma capela de madeira.
ResponderExcluirPelo que sei, o local das cruzes não é fácil de ser encontrado. Bom dia.
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