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Mostrando postagens de outubro, 2021

Quem Construiu a Igreja de Fátima? (parte 3)

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  Foto, Lília Tavares. Esse é o terceiro texto da saga da construção da igreja matriz de Fátima. Como já dito, o pesquisador Juan K. Menezes e eu, estamos há algum tempo em busca do responsável (ou responsáveis) pela construção da primeira capela onde hoje se localiza a igreja de Fátima. Recentemente, mais alguns dados vieram à tona para nos ajudar nessa construção.             Antes de falar dessas novas descobertas, gostaria de dizer que o que venho postando sobre esse tema reflete o momento da pesquisa , isto é, uma vez descoberta nova informação, eu escrevo sobre o tema (que gera muita curiosidade) e posto no Blog e nas minhas redes sociais a fim de que isso leve a mais informações vindas da própria população.             Essa tática, com efeito, vem dando certo, após a postagem do último texto, recebi diversas mensagens de pessoas querendo contribuir, o que muito m...

Festa de inauguração da Bomba.

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                No último dia 19, publiquei aqui no Blog parte do relato do Padre Renato Galvão sobre a perfuração do poço municipal da então Vila de Fátima. A bomba, como o fatimense costuma chamar.             Ocorre que, no mesmo livro Tombo, o vigário fez detalhado registro acerca da festa de inauguração ocorrida no dia 04 de outubro de 1959, um domingo, festa de São Francisco, há exatos 62 anos.             Após a perfuração do poço, em 1954, duas bombas manuais foram instaladas a fim de permitir que a população tivesse acesso a água, como o poço é muito profundo (pelo menos 170 metros), deveria ser muito complicado e demorado fazer o bombeio manual da água. Essas bombas manuais, contudo, foram utilizadas por 5 anos, quando, em 1959 o Departamento de Obras contra a Seca (DNOCS), após insistentes pedidos ...

A Construção da Bomba.

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  Poço Municipal -Anos 1980 - Foro: Juan K. Menezes A Bomba, é como o fatimense conhece o poço municipal, inaugurado em 4 de outubro de 1960, esse poço trouxe segurança hídrica para a pacata vila de Fátima da época.             Mas a construção do poço passou por várias fases, cuidadosamente relatada pelo padre Renato Galvão no livro de tombo da igreja de Cícero Dantas.             De acordo com o Vigário, uma perfuratriz foi conseguida junto ao DENOCS em 1954 por iniciativa dele mesmo. A maquina teria vindo até Vila de Fátima com a ajuda inicial da prefeitura de Cícero Dantas e feito diversas perfurações, algumas delas com mais de 120 metros de profundidade e não encontrou água. Lei o relato do Padre:   Por iniciativa do Vigário, Padre Renato Galvão foi conseguida uma perfuratriz do DNOCS para a sede do distrito de Fátima (Monte Alverne). Não pequeno sacrifíci...

Documento importante sobre Fátima.

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               Dando seguimento ao tedioso trabalho de leitura dos livros de tombo da paróquia de Cícero Dantas, me deparei com um importante registro feito pelo padre Renato Galvão no longínquo ano de 1956.             Ávido pesquisador da história da paróquia que chefiava, o Padre Renato fez diversas visitas ao instituto histórico e geográfico da Bahia e teve acesso a importante documentação que utilizou para montar um dossiê histórico do município de Cícero Dantas, além de entrevistas e anotações em seus livros de registro.             Intitulado “Dados históricos das capelas pertencentes à Freguesia de B. Conselho ”, o registro faz um apanhado das principais capelas espalhadas pelo município e inventaria também a história de alguns povoados.             E...

Há 72 anos, o Padre Renato registrava a festa de São Franciso em Fátima.

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  Foto: Lílian Tavares No dia 8 de outubro de 1949, o vigário da Paróquia de Cícero Dantas, Renato de Andrade Galvão, fazia o registro no livro de Tombo da igreja da Festa de São Franciso De Assis. Como se sabe, a festa do padroeiro de Fátima já era comemorada pelos católicos no dia 04 de outubro, dia se São Francisco de Assis. O registro no livro da igreja, contudo, foi feito 4 dias depois, a próprio punho pelo Padre Renato. Na oportunidade escreve o religioso:   Festa de São Francisco em Monte Alverne com grande assistência e fervor espiritual. Procissão, missa e bençãos do início ao fim.   Os registros, por via de regra, eram suscintos. O livro de tombo é um arquivo elaborado pela igreja a fim de registrar as ações e acontecimentos religiosos locais. Mesmo sendo curto, o registro do padre nos fornece uma ideia de como eram os festejos de São Francisco em Monte Alverne ainda na primeira metade do século XX. Destaque para a configuração da festa, com procissã...