As
informações que possibilitaram essa postagem, foram retiradas do documento
identificado pelo código 09/4037/20, de posse do Arquivo Público do Estado da Bahia. Trata-se do inventário do pai de “Nonato
da Lagoa”, Camilo Bento de Oliveira.
Camilo
Bento Nasceu em 1892 no Rochão, região da Mata de Paripiranga, era filho de João
Bento de Oliveira e Josefa Ferreira de Oliveira. Adquiriu a Maria Preta por
volta dos anos 1930, já era casado com Judite Eulina de Oliveira e tinham os filhos:
Josefa Francisca Oliveira, Maria Bento de Oliveira, José Bento de Oliveira,
João Bento de Oliveira, Ana Bento de Oliveira, José Nonato de Oliveira (era
solteiro e tinha 24 anos quando o pai faleceu), Josefa Pequeno de Oliveira e
Pedro Bento de Oliveira.
O
inventário foi aberto pela viúva após a morte de Camilo Bento no dia 7 de julho
de 1959. Entre as propriedades do falecido estavam a Maria Preta, adquirida
anos antes junto aos Netos do Barão de Jeremoabo Arthur e Adelaide da Costa
Pinto Dantas.
Os
limites das cerca de 1300 tarefas adquiridas na época por Camilo Bento eram os
seguintes:
Limita-se ao NORTE com a fazenda
Cabeça do Boi; SUL com a estrada de Cícero Dantas à Paripiranga até a
Quixabeira; LESTE com a Fazenda Alagoas; OESTE com a fazenda Sítio.
Isso
significa que a propriedade abarcava boa parte da área urbana atual, do Pisa
Macio até a Igreja Matriz, seguindo até próximo aos Cantos e de lá em direção
às imediações da Serradinha. Essa limitação territorial é bem próxima ao que a
fazenda era quando passou às mãos de Severo Correia em 1884, cerca de 50 anos
antes da chegada de Camilo Bento.
Moisés Reis, Professor há 24
anos do município de Fátima, Licenciado em História pela Uniages com
especialização em História e Cultura Afro-brasileira pela UNIASSELVI, Mestre em
Ensino de História pela Universidade Federal de Sergipe. Autor das obras: Manual
Didático do Professor de História - O Nazista - Fátima: Traços da
sua Histórias - O Embaixador da Paz - Maria Preta: Escravismo no
sertão baiano – Últimos Cangaceiros, Justiça, prisão e liberdade - da HQ
Histórias do Cangaço e do documentário Identidade Fatimense.
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