Decreto de 17 de julho de 1964 |
Naquele
fatídico ano de 1964, que ficaria marcado para a história nacional como o ano
do golpe militar que instauraria uma sombria ditadura de 21 anos no país, na
pequena cidade de Cícero Dantas, da qual Fátima fazia parte, estava em vigor o
mandato do Padre Renato Galvão, mandato que durou de 1962 a 1965 em decorrência
da renúncia do vigário alegando problemas de saúde.
Na câmara municipal, havia um
representante da então Vila de Fátima. Seu nome era João Maria de Oliveira e
tinha sido eleito vereador do município de Cícero Dantas pela primeira vez.
Se você, caro leitor fatimense,
fosse contemporâneo daquele legislatura, é quase certo que cultivaria um
sentimento de esperança de novos e melhores tempos para a pequena Vila de
Fátima na dita conjuntura. Mas isso não seria por acaso, afinal, a Vila agora
tinha um representante, filho da terra, no poder legislativo (João Maria) e um
notório simpatizante no executivo municipal, o então prefeito, Renato Galvão.
Ao que tudo indica, o Padre Renato
era um homem de grande espírito público, as suas correspondências com o deputado
estadual e líder local João da Costa Pinto Dantas, revelam uma preocupação com
o município digna de alguém que realmente estava disposto a ajudar.
Assim, dadas as condições políticas
favoráveis, no dia 17 de julho de 1964 o padre/prefeito assina o decreto da
construção do Mercado Público Municipal para a Vila de Fátima, à época, o maior
povoado do município de Cícero Dantas.
Não está claro qual a participação
do então vereador João Maria na aquisição da obra, o fato é que, dadas as circunstâncias,
tudo nos leva a crer que o político que ainda teria uma longa história política
em Fátima, não só tinha interesse na obra como buscou pelo recurso.
Em caráter de urgência e com um
orçamento inicial de três milhões de cruzeiros, o povo fatimense foi
contemplado com uma obra que, de certo, veio a melhorar a vida dos munícipes.
Por ocasião da construção do mercado, também conhecido pelos fatimenses como Açougue Municipal, o comércio alimentício que funcionava na Praça Ângelo Lagoa, onde outrora funcionava a feirinha e o barracão, para a assim chamada "Rua Nova" que mais tarde daria origem à atual Avenida Nossa Senhora de Fátima, a maior da cidade. A construção da década de 1960 ainda hoje existe na atual avenida Nossa Senhora de Fátima e nos dias atuais abriga o Banco do Brasil e um almoxarifado da prefeitura.
Por ocasião da construção do mercado, também conhecido pelos fatimenses como Açougue Municipal, o comércio alimentício que funcionava na Praça Ângelo Lagoa, onde outrora funcionava a feirinha e o barracão, para a assim chamada "Rua Nova" que mais tarde daria origem à atual Avenida Nossa Senhora de Fátima, a maior da cidade. A construção da década de 1960 ainda hoje existe na atual avenida Nossa Senhora de Fátima e nos dias atuais abriga o Banco do Brasil e um almoxarifado da prefeitura.
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A documentação para a construção desse artigo
nos foi enviada pelo pesquisador Juan Kléber Menezes.
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