QUADRO
DEMOSNTRATIVO DOS DIRETORES E DIRETORAS.
NOME
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PERÍODO
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MARILENE
SANTANA SILVEIRA
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1987
a 1995*
|
MARIA
SOLANGE
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EDMILSON
OLIVEIRA SOUZA
|
De
1996 a 1999.
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JOSÉ
ADELMO DE SANTANA
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2000
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IDIVANIA
DE OLIVEIRA MENEZES
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2001
a 2007 e 2011 a 2014
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MEIRE
CLÉSIA GASPAR DE ANDRADE CAVALCANTE
|
2008
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DÉBORA
SANTANA BORGES GOLVEIA
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2009..
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JOCELINA
ALVES DOS SANTOS
|
2016
a 2020
|
MOISÉS
SANTOS REIS AMARAL
|
2021...
|
O
Colégio Cícero Dantas foi fundado pelo professor José Batista Gouveia (Zelito
Gouveia) a 5 de janeiro de 1972. Era uma instituição particular que teve
autorização para funcionamento a partir da portaria n° 173, de 5 de janeiro de
1972, emitida pela secretaria do estado da Bahia.
Contava
com os cursos do maternal, pré-escolar, primeiro e segundo graus. O segundo
grau era um curso profissionalizante subdividido em duas modalidades, que
habilitava os estudantes para o exercício do magistério e da contabilidade.
A
instituição foi pensada para ofertar o Ensino Médio para jovens que concluíam o
curso Ginasial, uma vez que estes precisavam viajar para Feira de Santana,
Salvador ou Aracaju para prosseguir nos estudos.
O
prédio do antigo Hotel Gouveia, situado na Av. Getúlio Vargas (atual Avenida
Luiz Eduardo Magalhães) na cidade de Cícero Dantas, foi adaptado por Zelito
Gouveia para receber as instalações do Colégio Cícero Dantas.
A
instituição passa a funcionar como filial na Vila de Fátima a partir de 1975
ofertando aos fatimenses o ensino primário (equivalente ao ensino de 6° ao 9°
ano atual), onde assim permanece por 12 anos, até 1987. Essa etapa do ensino,
era exclusiva para aqueles que podiam pagar. Para os demais, a opção era
estudar na escola Estadual Nossa Senhora de Fátima (fundada em 1952 na gestão
de Abelardo Vieira) que ofertava o curso pré-escolar, equivalente atualmente ao
ensino de 1° ao 5° ano.
O
curso de Magistério acabou vindo para Fátima através da Professora Marilene
Santana Silveira, que já atuava como “professora leiga” na cidade desde 1975.
Com o objetivo de se qualificar na carreira de professora, Marilene começou a
estudar em Cícero Dantas, com uma turma de outros jovens estudantes, fretavam
um carro e iam todas as noites até a cidade vizinha, enfrentando os 18km que
separam Fátima de Cícero Dantas, ainda com estrada de chão. No inverno, as
dificuldades corriqueiras como falhas mecânicas, pneus furados e outras, se
somavam à lama que tomava conta da velha estrada.
De
acordo com Marilene, em conversa com Zelito Gouveia, veio o aval para trazer o
curso para Fátima utilizando a antiga estrutura já existente na cidade. A
condição imposta por Zelito Gouveia teria sido que a própria Marilene assumisse
toda a burocracia e administração do Magistério em Fátima.
Conhecendo
bem as dificuldades do deslocamento para fins de estudo de Fátima à Cícero
Dantas, após a formação, Marilene viu a oportunidade de trazer o curso para
Fátima, o Curso Técnico em Magistério veio para Fátima ainda ofertado como
ensino particular. Funcionou até 1987.
Em
funcionamento, o Magistério conduzido por Marilene tornou-se referência
regional, atraindo, alunos das cidades vizinhas em busca de formação
profissional. Aquelas primeiras turmas
de professores formadas em Fátima, no futuro, seriam os condutores da educação
do município.
Com
a emancipação política de Fátima, iniciada efetivamente a partir de 1986, o
município passa a gerir suas próprias instituições. São organizadas e
estruturadas órgão públicos e passa-se a existir a necessidade de ofertar aos
seus cidadãos o ensino oficial municipal.
O
pequeno prédio escolar que já funcionava onde hoje é a Escola Municipal
Professora Idivania de Oliveira Menezes, dispunha de estrutura consolidada,
porém, já no ano de 1987, não contava com muitos alunos no âmbito do ensino
particular e Zelito Gouveia acabou optando por vender o prédio para a
prefeitura de Fátima.
Naquele
mesmo ano, o município adquire por compra, o prédio escolar do Colégio Cícero
Dantas. O nome da nova unidade serie escolhido pelo prefeito João Maria de
Oliveira. Como militar, escolhe o nome do Marechal Floriano Peixoto, nome esse
que refletia muito mais a admiração do gestor pelo Marechal do que uma
identificação com o nome do homenageado a qualquer temática ligada à educação
como um todo.
Em
1988, o Floriano Peixoto foi transferido para o prédio da antiga Escalo
Municipal José Sarney em virtude das obras de ampliação no prédio da unidade.
Em 1989, voltou a funcionar no prédio de origem, de onde nunca mais saiu.
No dia 29 de janeiro de 1987, o
prefeito João Maria de Oliveira e a secretária de administração Claudinei
Batista Santana, assinam o primeiro plano de carreira do magistério municipal,
após a aprovação pela câmara.
No documento, institui-se os cargos
comissionados ligados à educação como sendo de três categorias: Direção,
Supervisão e Docência, cujo provimento de vagas se dava por nomeação ou
contrato.
A nomeação, nesse caso, também era via
do concurso público que estava sendo organizado pelo município
recém-criado.
No
diário oficial do Estado da Bahia de 12 de fevereiro de 1992, sai a autorização
para o funcionamento. Naquele mesmo ano, uma descrição da estrutura física da
escola é feita.
Com
o título simplório de “Sobre o Prédio”, o texto sem autor definido consta nos
arquivos atuais da escola, não é indicado em suas linhas o objetivo pelo qual
foi redigido e assim descreve a estrutura da época:
A
escola está localizada numa avenida ampla e de fácil acesso para todos. possui
um amplo espaço que serve como estacionamento para mais ou menos 100 (cem)
veículos.
A
área total do terreno da escola corresponde a 6.368,51 metros quadrados, com
uma área construída de 1.645,25 metros quadrados; construção feita com bloco de
cimento e tijolos comuns, reboco fino, massa corrida, pintura com tinta base
d’água, piso de cerâmica.
Conforme
planta arquitetônica em anexo, a escola possui 8 salas de aula, uma sala para
biblioteca, uma sala para diretoria, uma sala para coordenação pedagógica, uma
sala de computação, uma para supervisão do estágio, uma sala para a secretaria,
dois banheiros na área administrativa, uma cozinha na érea para oficina
pedagógica, uma sala para almoxarifado, uma cantina com refeitório, um
auditório, uma área livre coberta, quatro banheiros para uso exclusivo dos
alunos, uma quadra de esportes.
Quando
o município assume a unidade escolar, já rebatizada de Escola Municipal de 1° e
2° graus Floriano Peixoto, era ofertado apenas o ensino de 1° a 4° séria, na
gestão escolar da professora Marilene. A partir de 1998, já com Edimilson Souza
como gestor, inicia-se o funcionamento escolar com a modalidade de 5° a 8°
série, já na gestão do prefeito Eduardo Pires.
Em
março do ano 2000, a escola solicitou autorização para funcionamento do ensino
médio, pedido respondido a 30 de março daquele ano pelo ofício 040/2000. Na
correspondência, a técnica da secretaria de educação do estado, Terezinha Froes
Burnham, alega precariedade na estrutura física da escola e emite parecer
negativo.
A
autorização para o funcionamento do 2° grau só foi concedida em 1992, após
árduo processo de junção e envio de documentação comprobatória encabeçado pelo
então gestor escolar Edimilson Oliveira Souza.
No
dia 14 de maio de 1996, o prefeito Eduardo Pires de Andrade assina a lei
municipal que autoriza formalmente a mudança de nome da escola, essa lei, na
prática, formalizava a inclusão do termo “Escola de 1° e 2° Graus” à
nomenclatura “Floriano Peixoto”.
Os desafios para a autorização da escola junto
à secretaria do estado eram inúmeros e sempre dificultado pelo distanciamento
do órgão estadual em relação ao município tanto de ponto de vista geográfico
quanto do ponto de vista das necessidades e particularidades da educação local.
De
acordo com o professor Edimilson, não existia rede municipal de educação, sendo
o ensino do município atrelado à DIREC 11. Assim, todos os trâmites legais
referentes ao ensino deveriam ser resolvidos na esfera estadual, o que amarrava
as tomadas de decisões e, por consequência, toda a rede.
A
partir de 1998, com a sansão da Lei 220, de 02 de outubro, que disciplinava a
organização do Sistema Municipal de Ensino de Fátima, é dado o primeiro passo
no sentido de dar autonomia ao município com a criação do CME, o Conselho
Municipal de Educação. Ainda de acordo com Edimilson, o CME ainda não era
autônomo, era um órgão propositivo e consultivo, mas não normativo. O mesmo
poderia ser dito da Secretaria Municipal de Educação, que poderia deliberar
sobre questões pontuais, mas precisava se reportar ao representante do Estado.
Essa
dependência é superada com a lei 220, de 02 de outubro de 2001, que disciplina
a organização do Sistema Municipal de Ensino de Fátima. É essa legislação que
cria, de fato, um sistema municipal de ensino e traz autonomia total.
Em
2001, a lei 221, altera a lei 178 (25 de novembro de 1998) e reestrutura o CME,
dando a esse órgão o caráter de colegiado. É a partir daí, que sob a presidência
do mesmo Edimilson Souza, muitos avanços são registrados na educação do
município.
O
nome Escola Municipal de 1° e 2° graus foi oficialmente abandonado no dia 2 de
dezembro de 2015, quando foi sancionada a Lei 426 pelo legislativo municipal. O
projeto, de autoria do vereador Fabio José Reis de Araújo, determinava que a
escola passaria a se chamar, a partir daquela data, Escola Municipal Professora
Idivania de Oliveira Menezes a partir do dia 1 de janeiro do ano seguinte e foi
assinado pelo então prefeito Florisval Nunes Santana.
A
nova nomenclatura tinha por objetivo homenagear a Professora Idivania de
Oliveira Menezes, servidora pública municipal, que atuou como professora da
instituição (1996 a 2000) como diretora em duas oportunidades (2001 a 2007 e
2011 a 2014). A professora Idivania faleceu precocemente no dia 21 de dezembro
de 2014, enquanto ainda exercia a função de diretora da escola. Sua morte, aos
39 anos de idade, abalou a todos os colegas de trabalho e amizades firmadas ao
longo dos anos.

Termo
de doação e termo de compra do terreno.
No
dia 26 de novembro de 1985, foi lavrado o termo de doação de um terreno, o
doador foi Miguel Arcanjo da Silva e sua esposa Maria de Lourdes Silva,
residentes na Lage da Boa Vista. A propriedade do casal era de 12 hectares, da
qual, de acordo com documento cartorial, foi desmembrada uma área de mil e
duzentos metros quadrados, cujos limites margeavam a antiga avenida dos
Rodoviários. Os limites do dito terreno eram:
Ao
sul, com a avenida do Rodoviário, ao poente e ao norte, com o os doadores e ao
nascente com José Valter Cardoso de Oliveira.
Em
valores da época, o terreno estava avaliado em 5 milhões de cruzeiros, a área
construída seria ampliada mediante compra de mais uma área de terras adjacente.
O terreno de dois mil e quinhentos metros quadrados foi adquirido do casal
Eliezer Cosme dos Santos e Marizete Maria Santos, os limites do dito terreno
eram os seguintes:
Localizado
no perímetro urbano da cidade de Fátima, Bahia, confrontando ao norte com a BA
2020, medindo 44 metros, ao sul com a Travessa Maria Preta, medindo 35m, ao
leste com a Rua Maria Preta, medindo 46m e a oeste com a terra dos vendedores,
medindo 80,3m
O
terreno foi vendido a um valor total de 8 mil cruzeiros, venda consumada em 25
de setembro de 1998.
AGRADECIMENTOS:
· Marilene
Santana Silveira
· Edimilson
Oliveira Souza
· Juan
Kléber Menezes;
· Eduardo
Pires de Andrade;
· Cidney
Andrade Nascimento;