Decreto de junho de 1964. |
A gestão do Padre Renato Galvão
junto à prefeitura de Cícero Dantas de fato foi um período de melhorias para a
então Vila de Fátima. Diversas obras e benfeitorias foram realizadas em
benefício do povo fatimense.
No dia 15 de junho de 1964, um a mês
antes de autorizar a construção do Mercado Municipal, o prefeito assina decreto
liberando a aquisição do sistema de força de luz para Vila de Fátima que, de
acordo com o decreto da mesma data, consistia na aquisição de postes, cabos e
uma usina “termoelétrica”. Tudo isso com um orçamento limite de dois milhões de
cruzeiros.
O termo utilizado para definir a
usina de força que traria energia elétrica para Fátima contém um erro de
definição. Uma usina termoelétrica consiste em uma instalação na qual a energia
elétrica é gerada a partir da queima de combustíveis como carvão, Biomassa,
Diesel, etc. dentro de uma caldeira. Tal instalação jamais existiu em Fátima,
tratando-se, como dito, apenas de um erro de definição.
A “usina” que foi instalada no Poço
Municipal, na “Bomba”, como é popularmente conhecida, tratava-se de um gerador movido
a diesel com capacidade para gerar a energia de que necessitava a pequena
localidade.
De acordo com Joselito Amaral, o
equipamento era operado pelo fatimense João Mota, o mesmo cuidador do Poço
Municipal. A energia fluía enquanto o gerador estava ligado e isso não
acontecia nas vinte e quatro horas do dia. Como lembra Joselito, o serviço só
funcionava até as oito horas da noite. Segundo ele, para alertar os moradores,
João Mota dava “três sinais” que consistiam em três apagões em intervalos
regulares. Era a deixa para que todos voltassem para as suas casa pois, após o
último sinal, o gerador era desligado e toda a Vila voltava à escuridão
noturna.
A energia elétrica oriunda de uma
usina hidroelétrica, como temos hoje, só chegaria à Fátima em 1971, na gestão
de Abelardo Vieira.
Mas as ações do Padre/Prefeito em
favor de Vila de Fátima não parariam por aí. Meses mais tarde, no dia 30 de
outubro do mesmo ano (1964) ele assinaria mais dois decretos. Um que liberava um
milhão e duzentos mil cruzeiros para a instalação do serviço de limpeza pública e outro de quinhentos mil cruzeiros para ampliação do prédio escolar,
atual Colégio Estadual Nossa Senhora de Fátima e mais quinhentos mil para
indenização de terrenos desapropriados para a ampliação.
Sem dúvidas, a gestão do Padre
Renato foi um período de grandes melhorias para Fátima.
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A documentação necessária para a elaboração
desse artigo nos foi enviada pelo pesquisador Juan K. Menezes.